O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou profundo horror e consternação diante dos acontecimentos ocorridos nesta terça-feira (17/10/2023), quando um hospital em Gaza foi alvo de um devastador bombardeio que resultou na morte de centenas de civis. Em uma declaração postada em suas redes sociais, Guterres condenou veementemente a violência e expressou solidariedade com as famílias das vítimas.
De acordo com informações de agências de notícias, as partes envolvidas no conflito têm se acusado mutuamente pelo ataque. O Ministério da Saúde no enclave controlado pelo Hamas atribui a responsabilidade às Forças Armadas de Israel, alegando que um ataque aéreo atingiu o hospital em Gaza.
Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel afirmam que, de acordo com suas informações de inteligência, o ataque foi resultado de foguetes disparados por militantes do Jihad Islâmico em direção a Israel, que acabaram se desviando do curso e atingindo o hospital.
António Guterres destacou a importância de proteger hospitais e equipes de saúde de acordo com o direito internacional. Além do ataque ao hospital, ele mencionou um incidente anterior no qual uma escola administrada pela ONU foi alvo de violência, resultando na morte de pelo menos seis pessoas.
Na noite de terça-feira, em Nova Iorque, os Emirados Árabes Unidos e a Rússia convocaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação na Palestina após o bombardeio ao hospital. Nesta quarta-feira, Rosemary DiCarlo, subsecretária-geral para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, e Tor Wennesland, coordenador especial para o processo de paz no Médio Oriente, devem abordar os membros do conselho sobre a situação.
Nessa mesma sessão, será votada uma resolução que visa garantir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, embora um texto proposto pela Rússia tenha sido rejeitado na segunda-feira.
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, descreveu o bombardeio ao hospital como “totalmente inaceitável” e exortou à imediata cessação da violência. Civis deslocados estavam buscando refúgio no hospital, seguindo a ordem de Israel de evacuar para o sul, em antecipação a um possível ataque terrestre. Turk enfatizou que hospitais são locais sagrados que devem ser protegidos a todo custo, e defendeu que haja responsabilização pelos atos de violência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também condenou o ataque ao hospital em Gaza. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, expressou sua preocupação nas redes sociais. O hospital atacado estava em pleno funcionamento, abrigando pacientes, profissionais de saúde e pessoas deslocadas internamente. Era um dos 20 hospitais na região norte da Faixa de Gaza que haviam recebido ordens de evacuação por parte do exército israelense.
A OMS ressaltou que a ordem de evacuação tem sido impossível de ser cumprida devido à atual insegurança na região, às condições críticas de muitos pacientes e à falta de ambulâncias, pessoal, leitos e abrigo alternativo para os deslocados.
*Com informações da ONU News.
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