Nesta terça-feira (24/10/2023), às 14 horas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara Municipal de Feira de Santana para investigar possíveis irregularidades no contrato do Shopping Popular inicia a fase de oitivas. O foco da investigação está na relação entre o consórcio empresarial responsável pela construção e gestão do shopping e os comerciantes transferidos do centro da cidade para o novo espaço. O presidente da CPI, vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), anunciou que os depoimentos de cinco testemunhas estão programados para terça e quarta-feira, mantendo os nomes em sigilo por estratégia da Comissão.
Além das testemunhas que serão ouvidas inicialmente, a CPI planeja convocar pelo menos mais nove pessoas, incluindo agentes públicos e responsáveis por pagamentos do consórcio, nesta etapa de audiências. O processo de investigação foi precedido pela análise de 54 volumes de documentos e informações de várias fontes, proporcionando “avanços importantes na investigação”, de acordo com Jhonatas. Ele destacou contradições, como a falta de notas fiscais para comprovar as despesas alegadas pela concessionária, afirmando que “qualquer pessoa pode perceber que há algo muito errado”.
O trabalho inicial da Comissão enfrentou obstáculos, pois secretarias municipais e o Gabinete do Prefeito não forneceram os documentos solicitados, apesar de terem sido notificados três vezes. O presidente garantiu que todos os responsáveis pela omissão serão responsabilizados. Atualmente, o Shopping Popular está sob intervenção da Prefeitura, que afastou o consórcio liderado pelo empresário Elias Tergilene da gestão do empreendimento por um período inicial de seis meses. O vereador Luiz da Feira (Avante) atua como relator da CPI, com Sílvio Dias (PT) completando o trio de vereadores que compõem o órgão.
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