Uma sessão temática realizada no Senado reuniu especialistas, autoridades e representantes de entidades ambientais para discutir os impactos dos desastres climáticos e das mudanças no clima que afetam o Brasil. Entre os tópicos abordados, destacou-se a preocupação com a seca na Amazônia, que levanta alertas sobre a disponibilidade de água doce e seus reflexos a longo prazo. O senador Esperidião Amin ressaltou que a atual seca pode resultar em um ciclo prolongado de estiagem se os rios não se recuperarem antes da próxima temporada seca, agravando os problemas. O evento também contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
A seca na Amazônia, que atingiu níveis sem precedentes, tem gerado preocupação, pois se persistir sem recuperação dos rios, poderá prolongar-se para além de 2023. A continuidade desse cenário pode resultar em níveis baixos dos rios na próxima estação de seca, agravados pela influência do El Niño, levando a períodos de seca cada vez mais severos.
Além da seca na Amazônia, o Brasil tem experimentado uma série de eventos climáticos extremos em todo o país, incluindo chuvas intensas, secas extraordinárias, temperaturas anormalmente altas e baixas, que impactaram a população. O debate destacou a necessidade de melhorar as ferramentas de prevenção e resposta a esses eventos, considerando tanto os fatores climáticos cumulativos relacionados às mudanças climáticas quanto os fatores cíclicos, como o El Niño.
A disponibilidade de água doce foi outro tópico de destaque, com especialistas ressaltando que a maior parte da água doce no planeta provém das chuvas e que uma mudança no regime de precipitações pode ter um efeito imediato na disponibilidade desse recurso essencial. Diante disso, a necessidade de aprimorar políticas de adaptação às mudanças climáticas e reforçar a prevenção de desastres naturais foi discutida.
A sessão temática também abordou o aumento da frequência de eventos climáticos extremos em todo o mundo e a necessidade de ação conjunta em âmbito global para mitigar seus efeitos. A integração de esforços, a prevenção, o monitoramento e a preparação para enfrentar os desastres foram destacados como medidas essenciais para lidar com as mudanças climáticas e seus impactos.
Em um contexto em que o Brasil já enfrentou prejuízos significativos devido aos desastres naturais nos últimos anos, que totalizaram R$ 586 bilhões em perdas nos últimos dez anos, a importância da prevenção e da melhoria das políticas de adaptação torna-se evidente. O debate promovido no Senado trouxe à tona a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas com um enfoque multidisciplinar e de cooperação entre todos os setores da sociedade.
*Com informações da Agência Senado.
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