Economias do Sul da Europa lideram recuperação na Zona Euro; Portugal é destaque entre os PIGS

Portugal impulsiona crescimento econômico na região do Euro após superar antigas fraquezas.
Portugal impulsiona crescimento econômico na região do Euro após superar antigas fraquezas.

As economias do Sul da Europa, outrora chamadas de PIGS – Portugal, Itália, Grécia e Espanha – neste terceiro trimestre de 2023 estão liderando a recuperação econômica na Zona Euro, após superar suas antigas fraquezas. Esses países, que foram o epicentro da crise da dívida na última década, agora se destacam com projeções de crescimento superiores às economias do Norte e Centro da Europa. Enquanto muitos fatores contribuem para esse desempenho, o setor de turismo e a superação de desafios do passado desempenham um papel crucial.

A situação contrasta com a dos países centrais da Zona Euro, como Alemanha e Países Baixos, que enfrentam desafios complexos a curto prazo. A Alemanha, por exemplo, sofreu significativamente com a interrupção das importações de gás russo. Além disso, o ciclo industrial global está enfraquecido devido ao crescimento morno da China e à redução do consumo nos Estados Unidos. Isso afetou a indústria transformadora alemã, que representa uma grande parte de seu Valor Acrescentado Bruto (VAB).

Mathieu Savary, estratega-chefe de investimentos para a Europa da BCA Research, afirma que o fraco desempenho da Alemanha é uma das principais razões para esse contraste. O país enfrenta dificuldades em encontrar alternativas para manter sua economia em funcionamento sem as importações de gás russas. Enquanto isso, os países do bloco mediterrânico, como Portugal, Espanha e Grécia, conseguiram resistir à pandemia e às crises energéticas e estão se saindo bem, apesar das taxas de juros mais altas.

A combinação de reformas, disciplina orçamental e políticas monetárias de apoio permitiu uma convergência na competitividade entre a periferia e o restante da Zona Euro. Portugal e Espanha estão mais competitivos do que nos últimos anos, enquanto Grécia e Itália também registraram forte recuperação na competitividade desde a crise da dívida soberana. O custo unitário do trabalho nos países do centro da Europa agora ultrapassou o aumento na periferia, indicando um cenário otimista para a região.


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