Com 90% das urnas apuradas neste domingo (22/10/2023), as eleições presidenciais na Argentina apontaram para um segundo turno, que será realizado no dia 19 de novembro, envolvendo o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o ultraliberal Javier Milei. Sergio Massa conquistou 36,31% dos votos válidos, enquanto Javier Milei obteve 30,18%. A candidata Patrícia Bullrich ficou em terceiro lugar, com 23,82% dos votos. A votação deste domingo (22) surpreendeu analistas políticos ao mostrar um desempenho acima do esperado para Massa.
O pleito eleitoral argentino foi um dos mais acirrados da história recente do país, com a participação de 74% do eleitorado. O contexto econômico instável, com uma dívida externa de quase US$ 277 bilhões e uma inflação anual de quase 140%, tem aumentado a insatisfação da população.
As eleições ocorreram após um mandato conturbado do atual presidente, Alberto Fernández, que enfrentou desafios como empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional, a gestão da pandemia e desentendimentos com a vice-presidente Cristina Kirchner.
No segundo turno, Sergio Massa promete manter as políticas atuais, enquanto Javier Milei apresenta uma plataforma de dolarização da economia, eliminação do banco central e redução de gastos governamentais. O cenário eleitoral na Argentina segue uma tendência global de eleger candidatos vistos como antipolíticos.
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