A Faixa de Gaza, um território densamente povoado onde residem cerca de 2,3 milhões de habitantes, enfrenta uma catástrofe humanitária sem precedentes, de acordo com o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh. Os incessantes ataques de Israel levaram à evacuação de mais de 180 mil pessoas em apenas três dias, enquanto o bloqueio israelense impede o acesso a alimentos, energia e itens essenciais. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, denunciou os cercos que ameaçam a vida de civis e a privação de bens essenciais, destacando a violação do direito internacional humanitário.
Shtayyeh fez um apelo urgente para a abertura de corredores seguros que permitam a entrega de alimentos, pois os estoques estão à beira do esgotamento. A ONU destaca que a alta densidade demográfica na Faixa de Gaza, aliada à pobreza decorrente do bloqueio israelense em vigor desde 2007, cria uma situação crítica para a população. Além disso, o fechamento do único posto não controlado por Israel, devido a bombardeios, tornou ainda mais difícil a chegada de ajuda humanitária.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também pediu a criação de um corredor humanitário para auxiliar o povo palestino, que enfrenta um cenário cada vez mais desesperador. Desde o surpreendente ataque do Hamas no início de outubro, Israel lançou uma ofensiva sem precedentes na Faixa de Gaza, resultando na morte de quase duas mil pessoas. A mobilização de mais de 300 mil reservistas israelenses levanta a ameaça de ataques terrestres no território, agravando ainda mais a crise humanitária.
*Com informações da Sputnik News.
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