Cachoeira, berço do patrimônio histórico, artístico e cultural da Bahia, abre as portas para a 11ª Festa Literária Internacional de Cachoeira – FLICA, que começou nesta quinta-feira e continuará até domingo (26 e 29/10/2023). Este evento literário é reconhecido como o maior no Norte/Nordeste e o segundo maior no Brasil, atraindo entusiastas da literatura de todo o país. O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), conhecido por seu compromisso com a cultura, compareceu à inauguração do evento.
O deputado Rosemberg Pinto expressou seu orgulho pela FLICA: “A Flica é um orgulho para Cachoeira e para a Bahia. Lógico que a meta é superar a edição passada, ampliar ainda mais e, com essa pujança, logo será um marco literário do Brasil. É a grande expectativa de Cachoeira, essa cidade que pulsa história, que pulsa cultura.”
Ele destacou o apoio do Governo do Estado da Bahia e da iniciativa privada como fundamentais para o sucesso do evento e enfatizou como a FLICA é um estímulo à aprendizagem e à troca de conhecimento, especialmente entre os jovens.
A abertura oficial contou com a participação dos secretários estaduais da Educação, Adélia Pinheiro, e da Cultura, Bruno Monteiro, bem como da primeira-dama do Estado, Tatiana Veloso, da deputada Fabíola Mansur, da prefeita da cidade, Eliana Gonzaga, e de líderes locais. A secretária de Educação aproveitou a oportunidade para divulgar as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que desempenham um papel crucial na avaliação da educação básica brasileira. O secretário de Cultura falou sobre o processo de interiorização das políticas públicas.
Flica 2023
Nesta edição, a FLICA presta homenagem às “Poéticas Afroindígenas”. O evento convida todas as famílias a ouvir, celebrar e promover as histórias dos povos originários, seja por meio da música, literatura, artes plásticas, dança, poesia ou outras formas de expressão. A ideia é revisitar conceitos, retornar às raízes da história e à composição genética e literária.
O coordenador geral da feira, o museólogo Jomar Lima (Cali – Cachoeira Literária), ressaltou a importância de Cachoeira, que foi cenário de batalhas cruciais pela independência do Brasil na Bahia, como sede de um evento tão significativo. Ele enfatizou que a temática deste ano comemora o bicentenário da independência e valoriza a representatividade dos povos na construção histórica, celebrando a diversidade cultural e religiosa presente no Recôncavo.
Dentre as inovações, destaca-se o trabalho da curadoria, que enriqueceu a programação com autores baianos e figuras importantes da literatura brasileira e internacional para debater temas essenciais. Novos espaços também foram criados, como a Casa do Patrimônio, apresentando patrimônios imateriais como cordel, forró, capoeira e baianas de acarajé. Um novo espaço de audiovisual é fruto de parceria com a TV Alba.
Outros destaques incluem a Fliquinha, voltada para o público infantil, a Tenda Paraguaçu, que abriga os principais debates literários, a Casa dos Autores Baianos, um espaço para lançamentos e exposições de livros de autores e artistas baianos, e a Geração Flica, projetada para atrair jovens conectados e tecnológicos. As atividades culminarão no domingo com um grande cortejo repleto de manifestações culturais.
O evento também promove a cadeia produtiva do livro, da cultura, do turismo, da economia criativa e solidária, da sustentabilidade e muito mais. A organização espera que mais de 100.000 pessoas participem dos quatro dias de feira.
A FLICA 2023 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, a TV ALBA, Prefeitura de Cachoeira, LDM, CNA e patrocínio da ACELEN, Teiú, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, Caixa e Governo Federal.
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