O forró, gênero musical que há décadas é um símbolo da cultura nordestina, está um passo mais próximo de ser oficialmente reconhecido como uma manifestação da cultura nacional. O Projeto de Lei (PL) 5.838/2019, que visa a esse reconhecimento, foi aprovado pela Comissão de Educação (CE) e agora aguarda a sanção presidencial, que será avaliada a partir de quarta-feira (11/10/2023), quando encerra o prazo para recurso.
O PL foi apresentado pelo deputado Zé Neto (PT-BA) e relatado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE). Os legisladores destacaram que o forró, originado da fusão de ritmos tradicionais nordestinos como baião, xaxado e xote, ganhou notoriedade graças ao sucesso do renomado compositor pernambucano Luiz Gonzaga na década de 1940. Foi nesse período que Gonzagão compôs “Asa Branca” em parceria com Humberto Teixeira, uma canção que posteriormente foi chamada de “hino do Nordeste.”
Para justificar o projeto, o deputado autor enfatizou que o forró deu voz e visibilidade ao povo nordestino, tornando-se parte fundamental da identidade cultural brasileira. A senadora Teresa Leitão também compartilhou essa perspectiva em seu parecer favorável, destacando que o forró é uma “jóia da cultura brasileira” que conquistou corações não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
No relatório, Teresa Leitão enalteceu o ritmo e mencionou diversos intérpretes que contribuíram para a difusão da musicalidade forrozeira pelo mundo, incluindo Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Dominguinhos, Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês, Gilberto Gil, Alceu Valença e Elba Ramalho, entre outros.
Além de seu impacto cultural, a senadora ressaltou a importância do forró para a economia brasileira.
“Festivais de forró atraem turistas de todo o país e do mundo, injetando recursos nas comunidades locais e promovendo o desenvolvimento econômico dessas regiões,” argumentou.
*Com informações da Agência Senado.
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