O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou uma advertência severa ao grupo militante Hezbollah do Líbano no domingo (22/10/2023), afirmando que o grupo “cometeria o erro de sua vida” se decidisse entrar em guerra contra Israel. Durante uma visita às tropas no norte do país, Netanyahu afirmou que o resultado seria devastador para o Estado do Líbano e faria com que eles se arrependessem da segunda guerra libanesa, referindo-se ao conflito de 2006.
As tensões na região já estavam em alta desde o ataque do grupo Hamas palestino a Israel em 7 de outubro, e o exército israelense acusou o Hezbollah de buscar uma escalada militar que poderia arrastar o Líbano para uma guerra de consequências imprevisíveis.
“O Hezbollah está atacando e arrastando o Líbano para uma guerra da qual não ganhará nada, mas na qual corre o risco de perder muito”, alertou o porta-voz do governo israelense, Jonathan Conricus.
A última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006, resultou em 1.200 mortes no lado libanês, a maioria delas civis, e 160 no lado israelense, a maioria soldados. Agora, a comunidade internacional teme que o conflito entre o Hamas e Israel possa transbordar para o Líbano, com o Hezbollah, aliado do movimento islâmico palestino Hamas, se envolvendo ainda mais no conflito.
O exército israelense está em alerta máximo em sua fronteira norte com o Líbano desde 7 de outubro. Ambos os países estão tecnicamente em estado de guerra, e a área de fronteira no sul do Líbano é um reduto do Hezbollah, que possui uma considerável força militar.
No mais recente confronto na fronteira, ocorrido no fim de semana, seis combatentes do Hezbollah e um membro do grupo jihadista islâmico Palestina no Líbano perderam a vida, enquanto três soldados israelenses ficaram feridos, um deles em estado grave, assim como dois trabalhadores agrícolas.
Desde 7 de outubro, 29 pessoas morreram do lado libanês, incluindo a maioria de combatentes, mas também civis, incluindo um jornalista da Reuters. O exército israelense relatou quatro mortes, incluindo três soldados.
As tensões crescentes levaram a evacuações em áreas próximas à fronteira. O porta-voz israelense, Jonathan Conricus, questionou se o Estado libanês estava realmente disposto a colocar em risco o que resta da prosperidade e soberania do Líbano.
Por sua vez, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, mencionou esforços diplomáticos em andamento para encerrar os ataques israelenses ao Líbano e prevenir que o conflito em Gaza se estenda para o território libanês. Ele também mencionou um plano de intervenção de emergência como medida de precaução.
No sábado (21), Sheikh Naïm Qassem, o número dois do Hezbollah, voltou a ameaçar com a escalada. O Irã também alertou Israel e os Estados Unidos sobre o risco de uma situação “incontrolável”.
Relatos de ataques aéreos israelenses na fronteira do sul do Líbano continuam a surgir. O Ministério da Defesa de Israel anunciou a evacuação de mais 14 comunidades na área de fronteira, à medida que a tensão na região persiste, levando muitos moradores a fugir em busca de segurança.
*Com informações da RFI.
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