A Polícia Civil de São Paulo alcançou um marco significativo na recuperação das armas furtadas do Comando Militar do Sudeste, em Barueri. Na madrugada deste sábado (21/10/2023), os investigadores encontraram nove metralhadoras pertencentes ao Exército Brasileiro em São Roque, no interior paulista, nas proximidades da estrada municipal Emil Scaff. O processo de recuperação foi marcado por um confronto armado, com a polícia sendo recebida a tiros por dois indivíduos, que conseguiram fugir por uma região de mata. Felizmente, os disparos atingiram apenas a viatura policial, sem causar ferimentos, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Essa significativa descoberta das armas é resultado de uma meticulosa investigação conduzida pelos policiais civis. Durante o processo, eles realizaram um mapeamento das atividades de suspeitos associados a organizações criminosas e conseguiram identificar o local onde ocorria o transporte das armas de fogo. A secretaria também ressaltou que as investigações apontaram que as armas seriam destinadas a outros criminosos.
O Comando Militar do Sudeste confirmou que as armas recuperadas fazem parte do lote que havia desaparecido. No total, cinco metralhadoras de calibre .50 (antiáreas) e quatro de calibre 7,62 foram encontradas. Até o momento, das 21 metralhadoras que estavam desaparecidas, 17 já foram recuperadas, segundo informações fornecidas pelo Exército.
“O calibre 7.62 tem a capacidade de perfurar, por exemplo, um veículo blindado, enquanto o calibre .50, de uso exclusivo das Forças Armadas, é antiaéreo. Portanto, a ação da polícia para recuperar essas metralhadoras foi extremamente positiva, uma vez que o prejuízo potencial poderia ser catastrófico, não apenas para as forças de segurança, mas também para a sociedade em geral”, enfatizou Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo.
O Comando Militar do Sudeste suspeita que as armas tenham sido desviadas mediante furto, possivelmente com a participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo. Acredita-se que o extravio tenha ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro. Como parte das medidas adotadas, todos os processos da Organização Militar estão sob revisão, e os militares que tinham responsabilidades de fiscalização e controle poderão ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar por possíveis irregularidades. Os militares temporários enfrentarão a expulsão, enquanto os militares de carreira serão submetidos a Conselhos de justificação ou disciplina, conforme informou o Comando Militar do Sudeste em um comunicado à imprensa nesta semana.
No Rio de Janeiro, a Polícia Civil já havia recuperado oito metralhadoras esta semana, sendo quatro delas de calibre .50 e quatro de calibre 7,62.
*Com informações da Agência Brasil.
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