O Mubadala Capital, braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, está demonstrando um otimismo notável em relação às perspectivas de crescimento do Brasil sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A empresa planeja injetar mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) por ano para expandir suas participações no país. Este investimento maciço abrange uma ampla gama de setores, desde uma refinaria de petróleo até uma estrada com pedágio.
O CEO do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, revelou que a empresa já investiu mais de US$ 5 bilhões no país, mais de uma década após sua entrada no mercado brasileiro, quando investiu no império de commodities de Eike Batista. Fahlgren enfatizou que o tamanho e o potencial de retorno do Brasil tornam o país altamente atrativo na América do Sul.
“O PIB brasileiro está crescendo além das expectativas, e desde a posse do novo governo, temos observado estabilidade política”, afirmou Fahlgren em uma chamada de vídeo. “O cenário internacional está favorecendo o Brasil, tornando-o um ambiente propício para investimentos.”
Fahlgren também informou que a empresa concluiu recentemente a criação de um segundo fundo específico para o Brasil, totalizando mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro fundo. Além disso, eles têm planos de levantar capital para um terceiro fundo ainda maior em 2024.
Com uma gestão de US$ 20 bilhões, sendo a maior parte proveniente de investidores estrangeiros, o Mubadala Capital está em busca contínua de oportunidades no Brasil. Possíveis próximos investimentos incluem empresas de varejo com dificuldades financeiras, a criação de uma nova bolsa de valores para competir com a B3 e até mesmo a formação de uma nova liga de futebol no país.
A entrada dos Emirados Árabes Unidos no BRICS, grupo de cooperação de economias emergentes, deve aumentar os fluxos de capital entre os países membros, tornando o Brasil um destino de investimento ainda mais atraente em meio à turbulência global.
O portfólio do Mubadala Capital no Brasil inclui a rodovia pedagiada Rota das Bandeiras em São Paulo, bem como a produtora de etanol Atvos, anteriormente pertencente à Novonor (antiga Odebrecht). Além disso, a empresa é proprietária da Acelen, que administra a refinaria de Mataripe, a primeira refinaria privatizada do Brasil, localizada na Bahia.
Recentemente, o Mubadala Capital e a Petrobras assinaram um acordo para estudar uma unidade de biocombustíveis na refinaria de Mataripe, visando a produção de diesel renovável e combustível de aviação sustentável, que poderia se tornar um dos maiores produtores de combustível renovável do mundo. No entanto, Fahlgren não comentou sobre quaisquer negociações em andamento em relação à Petrobras e a refinaria de Mataripe.
No setor de energia verde, o Mubadala Capital está expandindo a produção da Atvos e avaliando a adição de outros biocombustíveis, incluindo combustível de aviação sustentável, ao seu portfólio atual. Fahlgren destacou o compromisso da empresa em liberar o potencial de crescimento do Brasil, particularmente no setor de energia.
¨Com informações do Jornal O Globo.
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