Em uma entrevista coletiva concedida a jornalistas na sexta-feira (13/10/2023), o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, fez um alarmante alerta sobre a situação no Oriente Médio. Ele criticou a atuação de Israel em Gaza e a inação do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a região está à beira de uma guerra em grande escala e de uma catástrofe humanitária sem precedentes.
Nebenzya condenou veementemente a crueldade e a escala de violência contra civis na região, enfatizando que “quaisquer assassinatos e violência contra civis palestinos e israelenses são inaceitáveis”. Ele também criticou as medidas impostas por Israel a Gaza, incluindo o bloqueio total da cidade.
O representante russo descreveu o bombardeio indiscriminado de áreas residenciais em Gaza, o corte de fornecimento de água e eletricidade, e o bloqueio como inaceitáveis. Ele comparou o bloqueio a Gaza ao cerco de Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, Nebenzya expressou preocupação com a exigência de evacuar mais de um milhão de civis em 24 horas e reuní-los em um gueto virtual no sul do território, alertando para as potenciais consequências catastróficas.
Nebenzya também criticou a demora na ação do Conselho de Segurança da ONU e a falta de qualquer reação do secretariado da ONU diante da situação. Ele ressaltou que nenhuma delegação ocidental solicitou uma reunião aberta do Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio.
No entanto, ele afirmou que a Rússia não pode tolerar a inação do Conselho de Segurança diante dessa crise. Nebenzya enfatizou a necessidade de pôr fim à carnificina e retomar as negociações de paz para a criação de um Estado palestino.
Como uma medida concreta, o representante da Rússia anunciou que a Rússia apresentará na segunda-feira (16/10), um esboço de resolução para conter a crise humanitária na região. O esboço de resolução apela a um cessar-fogo humanitário imediato, sustentável e plenamente observado, à prestação desimpedida de assistência humanitária e condena a violência e os atos de terrorismo.
A situação no Oriente Médio permanece tensa e a comunidade internacional agora aguarda a resposta e a ação do Conselho de Segurança da ONU diante desse crescente conflito que ameaça se transformar em uma guerra em grande escala.
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