Senado aprova nome de Dulcina de Moraes no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

A Comissão de Educação e Cultura aprovou o PL 25/2020 que inscreve Dulcina de Moraes no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria.
A Comissão de Educação e Cultura aprovou o PL 25/2020 que inscreve Dulcina de Moraes no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria.

Nesta terça-feira (24/10/2023), a Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado Brasileiro aprovou o Projeto de Lei (PL) 25/2020, que tem como objetivo inscrever o nome da atriz Dulcina de Moraes (1908-1996) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A proposta, de autoria da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), recebeu parecer favorável da senadora Teresa Leitão (PT-PE) e foi lida pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), atuando como relator ad-hoc. Agora, o projeto segue para a próxima etapa, aguardando a sanção do presidente da República.

Dulcina Mynssen de Moraes, nascida em Valença (RJ) em 1908, é reconhecida como uma das maiores figuras do teatro nacional, com uma história que transcende a atuação cênica. Sua contribuição para o teatro brasileiro foi de grande relevância, não apenas devido à excelência de suas performances, mas também devido ao seu legado na formação de inúmeros artistas.

Filha dos renomados atores Átila e Conchita de Moraes, Dulcina de Moraes deu início à sua carreira no teatro profissional aos 15 anos, em 1924, quando integrou a Companhia Leopoldo Fróes. Rapidamente, destacou-se como uma jovem promessa da cena cultural brasileira da época.

Ao longo de sua trajetória, participou das mais importantes companhias teatrais e, em 1935, fundou a Companhia Dulcina-Odilon, em parceria com seu marido, o ator Odilon Azevedo. Conhecida como Cia. D-O, essa companhia trouxe à cena peças de grandes dramaturgos brasileiros e internacionais e lançou atores e atrizes que se tornariam figuras proeminentes nas décadas seguintes.

Dulcina destacou-se em diversas interpretações memoráveis, sendo frequentemente lembrada por seu papel no espetáculo “Chuva,” que estreou em 1945 e percorreu o Brasil durante vários anos, sendo dirigido e estrelado por ela.

Uma das realizações mais significativas de sua vida foi a concepção da Fundação Brasileira de Teatro (FBT) em 1955, no Rio de Janeiro. Importantes figuras do teatro brasileiro assinaram o documento de criação da FBT, incluindo Paulo Autran, Adolfo Celi, Tônia Carreiro e Bibi Ferreira.

Posteriormente, a FBT foi transferida para Brasília no início dos anos 1970, tornando Dulcina uma das pioneiras na construção da capital federal. O Teatro Dulcina de Moraes, projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1980, é parte integrante da FBT e foi declarado patrimônio cultural do Distrito Federal.

Além de sua notável carreira no teatro e seu papel na formação de artistas, é importante ressaltar a luta de Dulcina em prol da regulamentação da profissão de artista, que foi alcançada em 1977. A atriz faleceu em Brasília em 1996.

A Lei 11.597 de 2007, posteriormente alterada pelas Leis 13.229 em 2015 e 13.433 em 2017, estabelece as diretrizes para a inscrição de nomes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado no Panteão da Liberdade e da Democracia em Brasília. Esse monumento foi construído em homenagem ao ex-presidente Tancredo Neves.

De acordo com essa lei, aqueles merecedores da distinção são brasileiros ou brasileiras, individualmente ou em grupo, que tenham dedicado suas vidas à Pátria, contribuindo com dedicação e heroísmo excepcionais para sua defesa e construção. É necessário que tenham passado pelo menos dez anos desde sua morte ou presunção de morte, com exceção dos brasileiros que faleceram ou foram presumidamente mortos em campos de batalha.

*Com informações da Agência Senado.


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