O Sevilla FC tomou medidas enérgicas após identificar e expulsar um torcedor que cometeu atos racistas e xenófobos durante o empate por 1 a 1 contra o Real Madrid, na tarde do último sábado (21/10/2023), em um jogo válido pela 10ª rodada do Campeonato Espanhol. Os incidentes ocorreram no momento em que o atacante brasileiro Vinícius Júnior interagia com jogadores da equipe da casa.
O clube emitiu uma nota oficial afirmando:
“O Sevilla FC gostaria de informar que, após detectar comportamentos xenófobos e racistas de um torcedor em suas arquibancadas, o identificaram, expulsaram-no do estádio e denunciaram-no às autoridades policiais que trabalhavam em nosso estádio. Além disso, os regulamentos disciplinares internos serão estritamente aplicados a ele, e ele será expulso como membro em breve.”
Vinícius Júnior, que tem sido alvo sistemático de agressões racistas no futebol espanhol, expressou sua opinião sobre o ocorrido em uma postagem em sua rede social, elogiando a rápida resposta do Sevilla e pedindo por mudanças nas políticas espanholas contra o racismo no futebol. O jogador brasileiro também denunciou um novo episódio de racismo envolvendo uma criança durante a partida.
Desde 2021, o jogador registrou dez denúncias de racismo. Três delas foram arquivadas pela liga espanhola, o que gerou críticas quanto à efetividade das instituições espanholas no combate ao racismo. Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), enfatizou que a liga espanhola precisa adotar políticas mais rígidas contra o racismo no futebol.
O episódio mais recente ocorreu em 21 de abril no Estádio Mestalla, durante a vitória por 1 a 0 do Valencia sobre o Real Madrid. Vinícius Júnior foi alvo de insultos racistas e gritos de macaco da torcida, levando à paralisação do jogo por oito minutos e resultando na expulsão do jogador após um tumulto.
O apoio ao jogador não ficou restrito ao âmbito esportivo. Gianni Infantino, presidente da FIFA, nomeou Vinícius Júnior como líder de um comitê especial antirracismo, e o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, instou as autoridades esportivas a tomar medidas efetivas para combater o racismo e o fascismo no futebol, não só na Espanha, mas em todo o mundo.
*Com informações da Agência Brasil.
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