Em um alerta urgente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que as concentrações de gases de efeito estufa atingiram novos recordes, com implicações desastrosas para o clima global. O dióxido de carbono (CO2), principal contribuinte para o aquecimento do planeta, alcançou 418 partes por milhão, 50% acima dos níveis pré-industriais. O metano, outro gás crucial, aumentou assustadores 264%, atingindo 1.923 partes por bilhão. O óxido nitroso, terceiro na lista, bateu um novo pico anual. O Boletim do Efeito Estufa, apresentado em Genebra, antecipa discussões cruciais na COP28 em Dubai.
Desafios Crescentes e Metas Distantes
O relatório da OMM revela uma escalada preocupante nas concentrações desses gases em 2023, apontando para um futuro de condições climáticas cada vez mais extremas. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alertou que os atuais patamares recorde levarão a um aumento significativo nas temperaturas, ultrapassando as metas do Acordo de Paris. O mundo enfrentará impactos devastadores, incluindo eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e acidificação dos oceanos.
Consumo de Combustíveis Fósseis e Consequências
O aumento das concentrações de CO2 é atribuído principalmente ao consumo contínuo de combustíveis fósseis. Taalas ressaltou que, se essa trajetória persistir, o planeta experimentará elevações de temperatura além das estimativas do Acordo de Paris. A OMM insta à urgente redução do consumo de combustíveis fósseis, destacando a rápida diminuição dos fundos de carbono. O estudo destaca que quase metade das emissões de CO2 permanece na atmosfera, enquanto o oceano e ecossistemas terrestres absorvem uma parcela significativa.
Ameaça para o Presente e o Futuro
Com a continuidade das emissões, o CO2 persistirá na atmosfera por décadas, garantindo um aumento da temperatura global. A OMM adverte que mesmo uma redução rápida das emissões não impedirá impactos duradouros. Surpreendentemente, a Terra não testemunhava concentrações de CO2 comparáveis desde 3 a 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura era 2 a 3°C mais quente e o nível do mar 10 a 20 metros superior ao atual.
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