Após ser alvo de protesto por guerra contra a Faixa de Gaza, Joe Biden defende ‘pausa’ no conflito

Joe Biden, presidente dos EUA.
Joe Biden, presidente dos EUA.

Imediatamente após declarar guerra ao Hamas, o aliado mais ferrenho de Israel sempre foram os EUA. E pela primeira vez, o presidente norte-americano Joe Biden admitiu nesta quarta-feira (01/11/2023) a necessidade de uma pausa no conflito que já deixou mais de dez mil mortos. Além disso, Biden defendeu permitir mais tempo para o movimento liberar os reféns.

A declaração aconteceu durante uma campanha informal do democrata em Minnesota, um dos estados prioritários para vencer as eleições em novembro de 2024, informou a emissora NBC. Durante uma recepção, Biden foi questionado por uma manifestante que se identificou como rabina Jessica Rosenberg sobre a tensão no Oriente Médio.

“Senhor Presidente, você se importa com o povo judeu? Preciso que você peça um cessar-fogo agora”, afirmou.

Uma multidão tentou silenciar a mulher, que insistiu que o presidente respondesse à pergunta. Na sequência, Biden pediu uma pausa e alegou que essa questão é “incrivelmente complicada” aos israelenses.

“Eu posso entender completamente as emoções do lado palestino da discussão e do lado judeu da discussão”, afirmou, quando defendeu a pausa para “dar tempo de liberar os prisioneiros”.

A cada dia, as tensões têm aumentado na Faixa de Gaza, com a intensificação dos ataques israelenses. Em um bombardeio nesta quarta a um campo de refugiados, pelo menos 80 pessoas morreram e Israel alegou que a morte de civis é resultado de uma tragédia de guerra, em sua promessa de exterminar o Hamas.

O último balanço das autoridades palestinas, que não contabilizou a tragédia em Jabalia, apontou que o número de mortos só em Gaza chega a quase nove mil. A situação também tem aumentado os embates entre Israel e a ONU, que chegou a suspender passaportes de autoridades da organização. Na terça (31), um diretor disse que há genocídio na região e também criticou a impotência das Nações Unidas.

Foram inclusive os Estados Unidos que impediram a aprovação da resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU. O texto, que até o momento foi o mais bem-sucedido no principal órgão da entidade, teve a aprovação de 12 membros, porém recebeu o veto norte-americano (que é membro permanente) por não ter citado que o ataque do Hamas que provocou o início da guerra foi um ato de terrorismo. Na época, a resolução pedia ajuda humanitária, cessar-fogo e a retirada dos quase 2,3 milhões de civis da região.

*Com informações da Sputnik News.


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