O autismo, uma condição que não caracteriza uma doença, mas sim uma variação do funcionamento cerebral, é um transtorno do neurodesenvolvimento com manifestações comportamentais e déficits na comunicação e interação social. O Brasil utiliza o CID, documento da OMS, para classificar o autismo em três níveis de acordo com o grau de comprometimento e necessidade de ajuda.
Os primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ser notados nos primeiros meses de vida, mas o diagnóstico preciso normalmente ocorre aos 2 ou 3 anos de idade. Wagner Saltorato, analista de pesquisa da APAE Brasil, destaca que o aumento das informações, especialmente com a internet e redes sociais, permite que mais pessoas identifiquem sintomas e busquem diagnósticos.
O aumento de informações sobre o autismo na mídia tem levado mais pessoas, incluindo adultos, a buscarem o diagnóstico. Para Guilherme de Almeida, diagnosticado aos 38 anos, a busca por identidade é um fator importante. O aumento de diagnósticos é um fenômeno que ocorre em sociedades onde as pessoas buscam pertencimento e identificação, principalmente quando se sentem deslocadas em outros perfis.
O Brasil tem avançado nas políticas públicas relacionadas ao autismo, com projetos de lei que buscam garantir, proteger e ampliar os direitos das pessoas com TEA. A legislação evoluiu desde a criação da Lei Berenice Piana em 2012, que incluiu pessoas no espectro como Pessoas com Deficiência (PCD), assegurando acesso a atendimento multidisciplinar e tratamento preferencial em diversas situações.
Na educação, a Lei Brasileira de Inclusão garante acompanhamento terapêutico para alunos com TEA. A inclusão em ambientes educacionais desempenha um papel crucial no desenvolvimento das pessoas com autismo, embora precise ser estrategicamente implementada.
O Brasil viu um aumento de 22% no número de casos de TEA desde 2018, com 1 em cada 36 crianças aos 8 anos de idade sendo diagnosticada. Isso significa que aproximadamente 5.6 milhões de brasileiros podem estar no espectro autista. O autismo foi adicionado à Classificação Internacional de Doenças da OMS apenas em 1993, e ainda é um campo de estudo em constante evolução, com diagnósticos frequentemente imprecisos.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




