Bahia tem mercado promissor e clima favorável para a produção de batata-doce

Clima favorável e tecnologia impulsionam a produção na região.
Clima favorável e tecnologia impulsionam a produção na região.

Quando se trata de produção de batata-doce no Brasil, a Bahia se destaca como um dos principais polos dessa atividade. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia é o lar de 68 municípios envolvidos na produção deste tubérculo. Entre eles, a cidade de Alcobaça, no extremo sul do estado, lidera o ranking de produtividade, alcançando uma média de cerca de 13 mil quilos por hectare em 2022.

No segundo lugar do ranking está Teixeira de Freitas, também no extremo-sul, com uma produtividade média de 11,8 mil quilos por hectare no mesmo ano. Logo atrás, na terceira posição, encontra-se a cidade de Maragogipe, com uma produtividade média de 6,7 mil quilos por hectare.

A batata-doce é uma cultura versátil, capaz de se adaptar a uma variedade de condições climáticas, tornando-a uma opção atraente para os produtores baianos. A região nordeste do Brasil, incluindo a Bahia, oferece condições tropicais e subtropicais ideais para o cultivo dessa planta.

Além disso, uma tecnologia derivada de uma tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promete revolucionar a produção de batatas-doces biofortificadas no nordeste baiano. A biofortificação é uma técnica de melhoramento genético que busca gerar plantas mais nutritivas através de seleção e cruzamento de plantas da mesma espécie.

O clima quente e úmido da Bahia, com estações bem definidas de chuva e seca, é adequado para o desenvolvimento saudável da batata-doce. A prática comum de agricultura familiar na região também contribui para o sucesso da cultura, promovendo o cultivo sustentável e a geração de empregos locais.

A região nordeste da Bahia foi escolhida para testar essas novas cultivares devido às suas características geográficas semelhantes às do Malawi, o segundo maior produtor mundial de batata-doce. Além disso, a região nordeste é conhecida por sua agricultura familiar, o que se alinha com a proposta socioeconômica do projeto.

A primeira colheita está prevista para o segundo semestre de 2023, com a possibilidade de fornecer produtos para a merenda escolar na rede educacional de Nova Soure. Por enquanto, não há planos de expansão do projeto para outros estados.

O pesquisador enfatizou a escolha da batata-doce como objeto de estudo devido à sua natureza única: “A batata-doce é uma planta incrível, pertencente a um gênero com mais de 600 espécies, mas é a única capaz de fornecer um alimento altamente nutritivo para os seres humanos.”

A produção de batata-doce na Bahia está em ascensão, com várias cidades liderando a produção e um mercado em expansão. As condições climáticas favoráveis, a alta demanda interna e o potencial de exportação fazem da batata-doce uma cultura promissora para os agricultores e uma escolha saudável para os consumidores baianos.


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