Comandante da Marinha detalha missão GLO do Mar com foco nos portos

Vice-almirante Renato Rangel Ferreira, comandante da Área de Operações da Marinha.
Vice-almirante Renato Rangel Ferreira, comandante da Área de Operações da Marinha.

O vice-almirante Renato Rangel Ferreira, comandante da Área de Operações da Marinha, detalhou a nova missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que começou nesta segunda-feira (06/11/2023). Ele destacou que essa operação, chamada de “GLO do Mar”, difere de todas as missões anteriores. Com a mobilização de 1,9 mil militares e o uso de diversos equipamentos, incluindo navios-patrulha, embarcações e viaturas blindadas, a operação enfatiza o controle dos portos e áreas marítimas.

“Esta Operação da Garantia da Lei e da Ordem tem dois aspectos que a diferenciam das anteriores. O primeiro é o que podemos chamar de uma GLO do Mar, acontece com ênfase no mar e nos portos, ao contrário de todas as outras que ocorreram. O segundo, é o forte caráter interagências, pois só acontece com a cooperação e participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, da Receita Federal e dos demais órgãos envolvidos com o controle dos portos e das águas interiores”, explicou o comandante.

Os militares envolvidos na missão terão um papel preventivo e repressivo em portos como o do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ). A missão tem como objetivo apoiar a luta contra o tráfico de armas e drogas, bem como outros tipos de crimes.

Com duração até 3 de maio de 2024, a nova missão se concentra em áreas específicas de controle federal, sem interferir na atuação das forças de segurança dos estados. Um comitê de acompanhamento das ações de segurança foi instalado, sob a coordenação dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Mucio.

Renato Rangel Ferreira esclareceu que a área de atuação da Marinha se limita à Poligonal do Porto Organizado, que inclui cais, armazéns e áreas de água. Dentro dessa área, os militares atuarão para coibir qualquer atividade ilegal. O vice-almirante afirmou que qualquer trânsito na Baía de Guanabara passa necessariamente por essa poligonal.

Ele também explicou a escolha de incluir o Porto de Santos na missão, em vez do Porto de Paranaguá (PR), citando informações sobre a interligação entre o crime organizado que atua nos portos do Rio de Janeiro e Santos.

A Marinha atuará na missão GLO por meio da operação Lais de Guia. A missão amplia a abrangência das atividades, permitindo o emprego de tropas em ações específicas. As GLOs, previstas na Constituição Federal, conferem às Forças Armadas a autonomia necessária para agir como polícia por um período determinado e em uma área predefinida.

De acordo com o vice-almirante, a Marinha atuará de forma coordenada com todos os órgãos envolvidos nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos. Neste primeiro dia de operação, houve uma reunião de articulação das ações. Os principais portões dos portos do Rio, de Itaguaí e de Santos já foram ocupados, com operações de vasculhamento e inspeção em andamento.

*Com informações da Agência Brasil.


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