Dívida Pública do Brasil atinge R$ 6,2 trilhões em outubro de 2023, impulsionada por baixo volume de vencimentos

A Dívida Pública Federal do Brasil registra aumento de 1,58%, refletindo emissões e apropriação de juros, enquanto o estoque continua abaixo da projeção anual de 2023.
A Dívida Pública Federal do Brasil registra aumento de 1,58%, refletindo emissões e apropriação de juros, enquanto o estoque continua abaixo da projeção anual de 2023.

Após uma significativa queda em setembro, a Dívida Pública Federal (DPF) brasileira retoma seu curso ascendente em outubro, aproximando-se da marca de R$ 6,2 trilhões. O baixo volume de vencimentos de títulos foi o principal impulsionador desse aumento, revelou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (29/11/2023).

Crescimento da Dívida

A DPF aumentou 1,58%, passando de R$ 6,028 trilhões em setembro para R$ 6,172 trilhões em outubro. Embora esse valor represente um acréscimo, ele permanece abaixo das expectativas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que projeta o estoque entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões até o final de 2023.

Detalhes da Composição

A Dívida Pública Mobiliária (DPMFi), composta por títulos internos, subiu 1,6%, atingindo R$ 5,928 trilhões em outubro. O Tesouro emitiu R$ 46,12 bilhões a mais do que resgatou, notadamente em títulos vinculados à Taxa Selic, contribuindo para a alta. A apropriação de R$ 47,47 bilhões em juros também impactou o cenário.

Impacto do Mercado Externo e Colchão da Dívida

No mercado externo, a alta do dólar em outubro elevou a Dívida Pública Federal externa (DPFe) em 1,05%, totalizando R$ 244,32 bilhões. O colchão da dívida pública, utilizado em momentos de turbulência, cresceu pelo segundo mês consecutivo, alcançando R$ 815,6 bilhões, cobrindo 8,7 meses de vencimentos.

Composição e Prazo da Dívida

A composição da DPF mostrou mudanças, com títulos vinculados à Selic representando 39,19%, enquanto os prefixados caíram para 25,98%, e os corrigidos pela inflação mantiveram-se em 30,65%. O prazo médio da DPF reduziu-se de 4,14 para 4,09 anos.

Participação dos Detentores

Instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da DPF interna, com 28,3% de participação, seguidas por fundos de investimento (23,4%) e fundos de pensão (23,3%). A participação de não residentes subiu para 10,2%, o maior nível desde dezembro de 2021.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.