A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil voltou a registrar um aumento expressivo em novembro de 2023, conforme revelado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27/12/2023). O montante dos débitos do governo, tanto internos quanto externos, elevou-se em 2,48%, atingindo a cifra de R$ 6,325 trilhões. Essa alta representa um acréscimo de R$ 153,11 bilhões em relação ao mês anterior, quando a dívida totalizava R$ 6,172 trilhões.
Em outubro, já havia sido registrado um aumento de 1,58%, evidenciando uma tendência de crescimento nos compromissos do governo. Esse movimento pode ser atribuído, em parte, ao baixo volume de vencimentos de títulos ocorrido anteriormente.
Apesar do aumento em novembro, a Dívida Pública Federal permanece abaixo das projeções estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), que indicava um intervalo entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões para o encerramento de 2023.
A DPF é um indicador crítico, representando os débitos que o Tesouro Nacional assume para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Esse déficit corresponde à diferença entre as despesas e a receita públicas, incluindo o refinanciamento da própria dívida.
O aumento observado em novembro se deve à emissão líquida de R$ 109,26 bilhões e à apropriação de juros de R$ 43,84 bilhões. Ao longo do ano, os juros apropriados totalizaram R$ 553,55 bilhões. Os títulos prefixados tiveram um aumento na participação em relação ao mês anterior, enquanto os atrelados a índices de preços registraram uma diminuição.
As instituições financeiras mantêm-se como os principais detentores da Dívida Pública Federal interna, ampliando sua participação para 28,9%. Os fundos de investimento também aumentaram o estoque da dívida, que atingiu R$ 1,42 trilhão em novembro, mantendo a participação percentual em 23,45%.
*Com informações da Agência Brasil.
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