Faixa de Gaza virou cemitério para milhares de crianças, diz ONU

ONU alerta para a situação crítica em Gaza, onde mais de 3.450 crianças palestinas perderam a vida desde outubro.
ONU alerta para a situação crítica em Gaza, onde mais de 3.450 crianças palestinas perderam a vida desde outubro.

A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um comunicado alarmante nesta terça-feira (31/10/2023), afirmando que a Faixa de Gaza se transformou em “um cemitério para milhares de crianças”. A organização também expressou temores de que muitas outras crianças possam estar morrendo de desidratação devido à escassez de água potável na região.

Segundo James Elder, porta-voz da Unicef, “nossos piores temores de que o número de crianças mortas se transformasse em dezenas, depois em centenas e, finalmente, em milhares, se concretizaram no espaço de duas semanas”. O total de crianças palestinas que perderam a vida desde 7 de outubro ultrapassa 3.450, e esse número continua aumentando diariamente. A crise humanitária em Gaza atingiu proporções devastadoras, e “Gaza se tornou um cemitério para milhares de crianças”.

Além do trágico número de mortes, mais de um milhão de menores que vivem na Faixa de Gaza estão enfrentando a falta de água potável, o que aumenta o risco de desidratação. A capacidade de produção de água em Gaza está operando a apenas 5% de sua capacidade diária normal, tornando a ameaça de desidratação, especialmente entre bebês, uma preocupação crescente.

O Unicef está fazendo um apelo urgente por um cessar-fogo humanitário imediato, juntamente com a abertura de todas as passagens para Gaza, a fim de permitir o acesso seguro à ajuda humanitária. O porta-voz da Unicef ressaltou que, sem um cessar-fogo, fornecimento de água, medicamentos e a libertação de crianças sequestradas, a situação pode se agravar ainda mais para essas crianças inocentes.

Jens Laerke, porta-voz da agência humanitária das Nações Unidas, expressou a angústia de ver crianças sob os escombros, com poucas chances de serem resgatadas.

A situação em Gaza não envolve apenas bombardeios diretos, como relatado pela Organização Mundial da Saúde. A OMS alertou para um “desastre iminente para a saúde pública” devido à falta de recursos médicos essenciais. Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, mencionou que há 130 crianças prematuras dependentes de incubadoras, com a maioria delas no norte da região.

Os ataques a Gaza começaram em 7 de outubro, quando o movimento islâmico palestino Hamas atacou Israel. Desde então, Israel lançou ataques intensos na Faixa de Gaza, resultando em uma tragédia humanitária. O conflito já tirou a vida de milhares de pessoas, a maioria civis, e deixou muitos reféns.

De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrado pelo Hamas, os ataques já causaram a morte de mais de 8.500 pessoas, principalmente civis, em um cenário que exige atenção imediata da comunidade internacional.

*Com informações da RFI.


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