O Federal Bureau of Investigation (FBI) emitiu um alerta em 1º de novembro de 2023às autoridades brasileiras, indicando que indivíduos com suspeita de ligações ao grupo islâmico Hezbollah planejavam cometer atos terroristas no Brasil. A Justiça Federal de Minas Gerais autorizou a prisão de dois suspeitos e realização de onze mandados de busca e apreensão na Operação Trapiche, que a Polícia Federal deflagrou em 8 de novembro. Até agora, as autoridades evitaram ligar os alvos da operação ao grupo político e militar Hezbollah.
A Operação Trapiche surgiu como resultado das investigações da Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da PF, desencadeadas após o FBI alertar as autoridades brasileiras sobre o risco iminente. A Justiça detalhou que o memorando enviado pelos representantes diplomáticos dos Estados Unidos citava diversas pessoas, brasileiros de nascimento ou naturalizados, cujas identidades ainda não foram reveladas. O memorando também indicava a possibilidade de que os investigados estivessem planejando atos terroristas em países vizinhos.
Segundo a Justiça, as investigações conduzidas pela PF, com base nas informações do FBI, identificaram indícios de atividades criminosas por parte dos suspeitos e conexões com o grupo militante islâmico Hezbollah, incluindo uma possível fase de recrutamento de brasileiros para atuações ilícitas, incluindo fins terroristas. A 2ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte aprovou as medidas requeridas, incluindo prisões temporárias e buscas e apreensões.
A agência de inteligência israelense Mossad também colaborou com a operação, divulgou o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O Mossad alegou que os alvos da Operação Trapiche, brasileiros de nascimento e naturalizados, faziam parte de uma célula terrorista ligada ao Hezbollah, que planejava atacar alvos israelenses e judeus no Brasil.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) manifestou preocupação devido à suspeita de que os investigados na Operação Trapiche tinham ligações com o Hezbollah e supostamente planejavam atacar alvos judaicos no Brasil ou em países vizinhos. A entidade enfatizou a necessidade de combater o terrorismo e reforçou que conflitos do Oriente Médio não devem ser importados para o Brasil, onde diferentes comunidades convivem pacificamente.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enfatizou que a operação da PF é uma ação preventiva baseada em uma hipótese e deve ser conduzida pela Polícia Federal. Dino destacou a soberania do Brasil e a independência da PF na condução das investigações, que não têm relação com os conflitos internacionais, como o atual confronto entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza.
*Com informações da Agência Brasil.
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