Diante das intensas chuvas que vêm afetando a bacia do Rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu tomou medidas para controlar o excesso de água em seu reservatório. Na última quarta-feira (01/11/2023), a hidrelétrica abriu seu vertedouro, o que permitiu escoar parte da água excedente que não pode ser utilizada para a geração de energia. A medida foi tomada para assegurar a segurança da barragem em situações de sobrecarga.
A Comissão Especial de Cheias da Itaipu (CEAC) comunicou que está mobilizada para prestar assistência às famílias afetadas pelas inundações, minimizar os impactos na população ribeirinha e garantir o fornecimento de energia elétrica. A hidrelétrica opera normalmente com uma cota de 219,23 metros acima do nível do mar.
A última vez que o vertedouro precisou ser aberto foi em maio deste ano, e a expectativa é de que as comportas permaneçam abertas continuamente até domingo (5). Neste processo, Itaipu busca assegurar a segurança da barragem, já que a afluência máxima do Rio Paraná deve chegar a 18,1 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s) nas próximas 72 horas.
A situação é agravada pelo fato de que mais chuvas estão previstas, com foco nas bacias dos rios Ivai e Piquiri, afluentes importantes da bacia do Rio Paraná. O cenário instável inclui tanto chuvas moderadas quanto intensas, repetindo os valores registrados na semana anterior na bacia do Rio Iguaçu, que afetou o Rio Paraná.
A administração da usina é realizada conjuntamente pelo Brasil e pelo Paraguai. Segundo o comunicado do lado paraguaio, a vazão média de descarga para a próxima semana será de aproximadamente 4.400 m³/s, com um pico previsto para domingo (5) de cerca de 7.100 m³/s.
A Comissão de Cheias está em operação desde o sábado (28), analisando diferentes cenários para implementar estratégias que minimizem os impactos na população e garantam a segurança da barragem.
Em relação aos danos causados pelas chuvas, mais de 385 casas no lado paraguaio da fronteira com o Brasil foram afetadas, especialmente em San Rafael, Ciudad del Este, onde 140 casas foram alagadas. Cerca de 85 pessoas foram encaminhadas para abrigos no Paraguai. O lado brasileiro também foi impactado, com áreas como o Marco das Três Fronteiras e o Iate Clube Cataratas, no bairro Porto Meira, sofrendo as consequências das chuvas.
*Com informações da Agência Brasil.
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