Ministro das Relações Exteriores do Brasil critica inércia da ONU diante da guerra no Oriente Médio

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, voltou a expressar críticas à “paralisia lamentável” do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em relação à guerra no Oriente Médio. Em um evento realizado nesta terça-feira (07/11/2023), o chanceler brasileiro enfatizou a importância da estabilidade internacional para a prosperidade e o desenvolvimento e destacou os esforços do Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU.

Durante a abertura da 6ª edição do Fórum de Investimentos Brasil, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Mauro Vieira enfatizou a inaceitabilidade moral de a ONU, mais uma vez, não cumprir seu nobre mandato diante da crítica situação humanitária na região do Oriente Médio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estava presente no evento.

No mês de outubro, o Brasil presidiu o Conselho de Segurança da ONU e liderou a articulação de uma resolução que solicitava um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a criação de um corredor humanitário para atender a população civil palestina. A proposta recebeu o apoio da maioria dos membros do conselho (12 entre 15), mas foi vetada pelos Estados Unidos, que alegaram a ausência de menção ao direito de Israel de se defender.

Mauro Vieira já havia expressado descontentamento com o veto à proposta, afirmando que a reputação da ONU estava intrinsecamente ligada à atuação do órgão no conflito do Oriente Médio.

Especialistas consultados pela Agência Brasil apontam que a diplomacia brasileira atuou como mediadora no Conselho de Segurança, buscando não se envolver politicamente no conflito do Oriente Médio.

O Conselho de Segurança da ONU, criado após a Segunda Guerra Mundial, é responsável por zelar pela paz mundial. A aprovação de uma resolução no conselho requer o apoio de nove dos 15 membros, sem nenhum veto dos membros permanentes. Os membros permanentes são China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

*Com informações da Agência Brasil.


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