Com 95 anos de história, a Opus Dei, uma prelazia pessoal católica, enfrenta uma luta de poder com o Papa Francisco, que coloca em xeque seu status e influência dentro da Igreja Católica. A organização possui um status único, concedido por Papa João Paulo II (Karol Wojtyła), que a isenta de prestar contas aos bispos locais. Com cerca de 93 mil afiliados diretos, 4 mil sacerdotes e 600 mil participantes em projetos em 67 países, a Opus Dei historicamente teve laços estreitos com elites econômicas e forças políticas de direita.
No entanto, decisões recentes do Papa argentino têm enfraquecido o poder da Opus Dei. Em 2022, Francisco rebaixou o status do líder máximo da organização, limitando a capacidade dos prelados de virarem bispos e impondo a prestação de contas anual. Em agosto de 2023, a Opus Dei foi ainda mais rebaixada, tratada agora como uma simples associação católica.
Os movimentos de Francisco visam controlar o poder acumulado pela Opus Dei, especialmente durante o regime de Francisco Franco na Espanha, quando a organização ganhou influência nos governos e grandes empresas. Essa influência se estendeu para outros países durante ditaduras na América Latina, como Brasil, Chile e Argentina.
Publicamente, os líderes da Opus Dei negam qualquer conflito com o Papa e insistem que estão a serviço da Igreja. No entanto, a organização enfrenta acusações de trabalho escravo, inclusive na Argentina, onde ex-membros relatam anos de servidão sem salário ou seguridade social.
Essa batalha de poder pode impactar a influência da Opus Dei, especialmente fora da Espanha, à medida que novos grupos conservadores ganham destaque na América Latina. No entanto, na Espanha, o crescimento de partidos políticos conservadores, como o Vox, pode manter parte da influência da organização.
* Com informações do Jornal o Globo.
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