Privatização não alivia o bolso dos baianos: Gás de cozinha na Bahia permanece como o mais caro do Brasil

Os habitantes da Bahia continuam enfrentando o desafio de arcar com os preços exorbitantes do gás de cozinha, mesmo após a privatização da Refinaria de Mataripe e a consequente aquisição pela Acelen. Com o mais recente aumento, o estado consolidou sua posição como detentor do gás de cozinha mais caro do Brasil, uma realidade que impacta significativamente o orçamento dos consumidores locais. Atualmente, um botijão de 13 quilos pode custar até R$ 140,00, o que representa mais de 10% do salário-mínimo.

O reajuste de 1,8% do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para as distribuidoras, em vigor desde o dia 1º, agravou ainda mais a situação dos baianos. O insumo ficou de R$ 2,00 a R$ 3,00 mais caro, o que representa o sexto aumento anunciado pela Acelen somente neste ano. O último reajuste havia ocorrido em 10 de outubro, quando o botijão ficou R$ 2,00 mais caro.

A situação tem levantado preocupações e indignação entre a população baiana, que se sente refém da Acelen, a empresa responsável pela gestão da Refinaria de Mataripe. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), destaca que a privatização da refinaria, que ocorreu em novembro de 2021 e a transferiu para as mãos do fundo árabe Mubadala, não resultou na esperada diminuição dos preços abusivos para o consumidor local.

Com os preços do gás de cozinha alcançando patamares insustentáveis, os baianos continuam a enfrentar um dilema econômico, enquanto o governo e a Acelen são instados a buscar soluções para aliviar o peso que o gás de cozinha representa no orçamento das famílias da Bahia.