Nesta quinta-feira (14/12/2023), uma comitiva da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, liderada pelo secretário Wallison Tum, esteve em Brasília para uma reunião crucial com os Ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O foco da discussão foi a execução de ações de monitoramento e prevenção contra a Monilíase, uma doença que ameaça significativamente a cadeia produtiva do cacau.
A Bahia, ao lado dos estados do Pará, Espírito Santo e Rondônia, concentra 97% da produção nacional de amêndoas de cacau, gerando uma receita anual de cerca de 23 bilhões de reais. A Monilíase do Cacaueiro, causada pela praga quarentenária Moniliophthora roreri, pode resultar na podridão dos frutos e provocar danos substanciais, atingindo entre 70% e 100% da produção em áreas onde a doença se estabelece.
Embora a Monilíase já tenha impactado negativamente os países produtores de cacau na América do Sul, não há registros significativos da doença nas grandes áreas produtoras do Brasil. Contudo, a comitiva liderada pelo secretário Wallison Tum alertou para a necessidade urgente de medidas preventivas durante o encontro com os ministros. Em outubro deste ano, técnicos de diferentes órgãos e estados elaboraram um documento durante um encontro em Salvador, apresentando medidas cruciais para conter a propagação da praga.
No encontro, o ministro Fávaro se comprometeu a encaminhar a execução dessas medidas, visando isolar a praga no estado do Amazonas, onde estão concentrados os focos no Brasil. O secretário Wallison Tum enfatizou a importância da reunião, destacando que a dimensão dos estragos que a Monilíase pode causar na cadeia produtiva do cacau foi apresentada aos ministros.
Caso a Monilíase se estabeleça nas regiões cacaueiras do país, os prejuízos anuais podem atingir a marca de 3 bilhões de reais, considerando apenas a perda de receita direta das vendas de amêndoas. Adicionalmente, o aumento do desemprego, o desmatamento e os impactos ambientais nas regiões altamente dependentes da cacauicultura, como a tradicional região do Sul da Bahia e a Transamazônica no Oeste do Pará, são preocupações adicionais.
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