Crise na Alemanha reflete sujeição de Berlim aos EUA e abre oportunidades para o Brasil, vê analista

Decisão do governo alemão de retirar subsídios do setor agrícola gera controvérsias e favorece nações exportadoras de alimentos, como Brasil e Rússia.
Decisão do governo alemão de retirar subsídios do setor agrícola gera controvérsias e favorece nações exportadoras de alimentos, como Brasil e Rússia.

A Alemanha enfrenta uma crise econômica com a decisão do governo de retirar subsídios do setor agrícola, uma medida controversa para aumentar a arrecadação e lidar com a iminente retração econômica prevista para 2024. Agricultores alemães protestaram vigorosamente contra a medida, argumentando que ela abrirá espaço para a concorrência de países exportadores de alimentos, especialmente o Brasil e a Rússia.

O editor da Autonomia Literária e diretor do Instituto Humanidade, Direitos e Democracia (Ihudd), Hugo Albuquerque, destaca que os subsídios agrícolas alemães historicamente foram utilizados para equilibrar a migração do campo para a cidade, garantindo segurança alimentar mínima. No entanto, a integração europeia acelerou o deslocamento das populações rurais alemãs para países europeus menos desenvolvidos, beneficiando a agricultura dessas nações.

A decisão atual visa possivelmente reduzir os custos a curto prazo e estimular a migração rural para a cidade, impactando a economia alemã e abrindo oportunidades para países exportadores, embora possa resultar em empobrecimento interno a médio prazo. A mudança na política agrícola alemã também reflete a sujeição estratégica do país aos Estados Unidos, especialmente evidente na priorização de investimentos em armamentos em detrimento da produção de alimentos.

O governo alemão, ao mobilizar tropas para a fronteira da Lituânia com Belarus e anunciar uma joint venture de defesa com a Ucrânia, evidencia uma mudança na relação com os EUA, antes fornecedores de proteção militar. Hugo Albuquerque enfatiza que a Alemanha, ao se armar por conta própria, enfrenta desafios logísticos e energéticos, rompendo com uma relação conveniente com a OTAN.

*Com informações da Sputnik News.


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