Os habitantes de Maceió vivem sob tensão diante do decreto de situação de emergência, emitido pela prefeitura na última quarta-feira (29/11/2023), devido ao iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela Braskem no bairro do Mustange. Desde 2018, quando afundamentos foram registrados em cinco bairros, aproximadamente 60 mil residentes foram forçados a abandonar suas casas. O risco de colapso em uma das 35 minas da Braskem, monitorado pela Defesa Civil, levanta preocupações sobre possíveis consequências, incluindo um tremor de terra e a formação de uma cratera de grandes proporções.
O que é o Sal-Gema e por que Causa problemas?
Diferente do sal comum, obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas, formadas há milhares de anos pela evaporação oceânica, sendo composto por cloreto de sódio e diversos minerais. Comercializado para uso na cozinha, o sal-gema também serve como matéria-prima na indústria química, utilizada na produção de diversos produtos, incluindo soda cáustica, ácido clorídrico e detergentes.
A exploração em Maceió e seus desdobramentos
A exploração das minas de sal-gema em Maceió teve início em 1976, sendo estatizada, privatizada e finalmente assumida pela Braskem em 2002. A exploração envolvia a escavação de poços, injetando água para dissolver o sal-gema, criando uma salmoura trazida à superfície. Problemas surgiram devido a vazamentos dessa solução, causando buracos na camada de sal e levando a tremores de terra, afundamentos e rachaduras em 2018.
Desafios e consequências
O risco atual de colapso nas minas destaca desafios ligados à exploração e monitoramento insuficiente. A Braskem afirma que pode ocorrer um desabamento, mas a situação ainda é incerta. A empresa já pagou R$ 3,7 bilhões em indenizações, mas a busca por reparação continua através de processos judiciais e ações do Ministério Público Federal.
*Com informações da Agência Brasil.
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