Papa Francisco pede paz para os povos em guerra no dia de Santo Estêvão

O pontífice invoca a intercessão do primeiro mártir cristão para os países que sofrem com a violência, como Síria, Gaza e Ucrânia, e expressa sua solidariedade aos cristãos perseguidos.
O pontífice invoca a intercessão do primeiro mártir cristão para os países que sofrem com a violência, como Síria, Gaza e Ucrânia, e expressa sua solidariedade aos cristãos perseguidos.

Nesta segunda-feira (26/12/2023)  dia em que a Igreja celebra Santo Estêvão, o primeiro mártir cristão, o Papa Francisco fez um forte apelo pela paz no mundo, especialmente nos países que vivem situações de guerra, como Síria, Gaza e Ucrânia. O pontífice também manifestou sua proximidade aos cristãos que sofrem discriminação e perseguição por causa de sua fé, e convidou os fiéis a se deixarem tocar pelo “espanto que se torna adoração” diante do mistério do nascimento de Jesus.

Um deserto de morte

Após rezar o Angelus com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, Francisco recordou a figura de Santo Estêvão, que foi apedrejado até a morte por testemunhar o Evangelho. O Papa confiou à sua intercessão os “povos devastados pela guerra”, que sofrem com a violência e a morte.

“A mídia nos mostra o que a guerra produz: vimos a Síria, vemos Gaza. Pensemos na martirizada Ucrânia. Um deserto de morte. É isso o que se deseja? Os povos desejam a paz. Rezemos pela paz. Lutemos pela paz”, disse o Papa, que recebeu o aplauso dos presentes.

O Papa lembrou que a guerra não é uma fatalidade, mas uma escolha humana, que pode ser revertida com o diálogo, a justiça e o perdão. Ele exortou os líderes políticos e religiosos a trabalharem pelo fim dos conflitos e pela promoção da cultura da paz.

Próximo aos cristãos discriminados

Francisco também expressou sua solidariedade aos cristãos que são discriminados e perseguidos por causa de sua fé em diversas partes do mundo. Ele citou o exemplo de Santo Estêvão, que soube perdoar seus algozes e oferecer sua vida por amor a Cristo.

“Exorto-as a perseverar na caridade para com todos, lutando pacificamente pela justiça e pela liberdade religiosa”, disse o Papa, que pediu aos fiéis que rezassem pelos cristãos que sofrem.

Segundo a organização Portas Abertas, cerca de 260 milhões de cristãos enfrentam algum tipo de perseguição no mundo, sendo que os países mais hostis ao cristianismo são a Coreia do Norte, o Afeganistão e a Somália.

O espanto que se torna adoração

O Papa também aproveitou a ocasião para agradecer a todos os que lhe enviaram mensagens de felicitações e orações pelo Natal, e para saudar os presentes na Praça São Pedro, especialmente as crianças.

Ele convidou os fiéis a se colocarem diante do presépio inspirado no que São Francisco fez em Greccio há 800 anos, e a se renderem ao espanto diante do nascimento de Jesus.

“Ao observar as imagens, vocês verão em seus rostos e atitudes um traço comum: o espanto. Vocês verão um espanto que se torna adoração. Sejamos tocados pelo espanto diante do nascimento do Senhor. Faço votos que conservem isso em vocês: o espanto que se torna adoração”, disse o Papa.

O Papa concluiu sua saudação com uma bênção apostólica e um desejo de paz e alegria para todos.


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