O segundo prognóstico para a safra 2024 de cereais, leguminosas e oleaginosas na Bahia apresenta um cenário desafiador para o setor agrícola do estado. A expectativa é de uma queda de 2,9% na produção de grãos em relação a 2023, totalizando 11.793.944 toneladas no próximo ano, frente às 12.148.058 toneladas previstas para o corrente ano.
A soja, principal produto agrícola da Bahia, enfrenta projeções negativas, com uma previsão de queda de 1,9% na produção, mesmo mantendo a área plantada. A redução no rendimento médio, de 3.972 kg/hectare para 3.895 kg/hectare, contribui para esse declínio, indo na contramão da tendência nacional que projeta um aumento de 0,6%.
Além da soja, o milho também será impactado, com quedas de 6,2% na primeira safra e 8,6% na segunda safra. O algodão herbáceo não escapa das projeções negativas, apresentando uma redução de 0,8%.
Enquanto a Bahia se prepara para enfrentar essas reduções, a nível nacional, o segundo prognóstico para a safra 2024 prevê uma diminuição de 3,2%, totalizando 306,2 milhões de toneladas.
Destaca-se que, apesar das dificuldades, a Bahia deverá manter sua posição como o segundo maior produtor de algodão herbáceo do país, concentrando 23,4% da produção, ficando atrás apenas de Mato Grosso.
A análise detalhada do segundo prognóstico revela que, em 2024, 11 das 26 safras investigadas na Bahia deverão ter aumentos absolutos, com destaques para a cana-de-açúcar, café arábica e sorgo. Por outro lado, soja, milho 1ª safra e milho 2ª safra enfrentarão as maiores retrações absolutas.
Esse panorama se apresenta em contraste com a safra de 2023, que se consolidou como a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972. A Bahia manteve a sétima posição nacional, respondendo por 3,8% do total produzido no país.
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