State Grid arremata principal lote em histórico leilão de transmissão de energia no Brasil; Empresas chinesas avançam no controle do setor no país

A State Grid, gigante chinesa, investirá R$ 1,9 bilhão para construir linhas de transmissão nos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, após vencer leilão histórico na B3.
A State Grid, gigante chinesa, investirá R$ 1,9 bilhão para construir linhas de transmissão nos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, após vencer leilão histórico na B3.

Na última sexta-feira (15/12/2023), a gigante chinesa State Grid conquistou o principal lote no maior leilão de transmissão de energia da história do Brasil. A vitória no certame, sediado na B3 em São Paulo, concede à empresa o direito de construir linhas de transmissão nos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, com investimentos previstos de mais de R$ 18 bilhões.

O leilão, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), teve como objetivo fundamental a expansão da interligação entre as regiões Norte e Nordeste com as demais partes do país. Isso visa ampliar a capacidade de escoamento de excedentes de geração, uma vez que a produção eólica e solar no Nordeste frequentemente excede a demanda local, levando algumas usinas a interromperem a produção por falta de destino para a energia excedente.

A concorrência pelos ativos se deu com base na proposta que apresentou o maior deságio da Receita Anual Permitida Contratada (RAP). A State Grid ofertou R$ 1,9 bilhão para o primeiro lote, alcançando um deságio significativo de 39,9%. Essa estratégia conferiu à empresa a vitória no disputado certame, como revelado pela Folha de São Paulo.

Este leilão representa o segundo megaleilão de energia durante o governo Lula. Em junho, nove lotes foram oferecidos em sete estados, prevendo investimentos de R$ 15,7 bilhões para a construção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações. Além disso, está agendado outro certame para março do próximo ano, com a oferta de 15 lotes para a construção de 6.460 quilômetros de linhas e novas subestações, estimando-se um investimento de R$ 18,2 bilhões.


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