A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de lançar ataques no Iêmen está gerando preocupações crescentes sobre a possibilidade de o país ser envolvido em um conflito mais amplo. O tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA, Daniel Davis, expressou sua inquietação, alertando que o ataque ao território iemenita pode resultar em escalada militar.
“Tudo isso tem chances de passar para um nível mais alto. Os houthis deixaram claro que se os atacarmos, em seu território, eles atacarão americanos e os interesses americanos na região. Qual é o nosso plano? É um ataque potencial que nos arrasta para a guerra”, alertou Davis.
Na noite de sexta-feira (12/01/2024), os EUA e o Reino Unido realizaram 23 ataques aéreos em quatro províncias do Iêmen, incluindo a capital Sanaa e Hodeida. A fonte do governo local informou que a ação visava impedir a capacidade dos houthis de atacar navios comerciais no mar Vermelho. Esses ataques provocaram críticas internacionais e acenderam temores de uma escalada no conflito.
O tenente-coronel Davis destacou a importância de Biden explicar claramente ao povo americano por que os Estados Unidos estão se envolvendo nesse conflito.
“É um ataque potencial que nos arrasta para a guerra”, ressaltou o militar aposentado.
O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu um comunicado na noite de sexta-feira, afirmando que os ataques visavam a defender a liberdade de navegação em uma das vias navegáveis mais cruciais do mundo. Ele apontou os houthis como responsáveis por ameaçar navios comerciais no mar Vermelho e por ataques diretos a navios americanos.
No entanto, o anúncio dos ataques gerou reações negativas, incluindo críticas à falta de clareza sobre a estratégia dos EUA na região. O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita pediu moderação e prevenção de uma escalada, sublinhando a importância de manter a segurança e a estabilidade no mar Vermelho.
A situação permanece tensa, com os houthis ameaçando que o Reino Unido e os EUA pagarão um “preço elevado” pelos ataques. O impacto dessa ação militar e as implicações para a estabilidade regional continuam sendo fontes de incerteza e preocupação.
*Com informações da Sputnik News.
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