Nesta quinta-feira (18/01/2024), a Polícia Federal deu continuidade à Operação Lesa Pátria, desencadeando sua 24ª etapa com o objetivo específico de identificar os mentores intelectuais envolvidos no planejamento, financiamento e incitação aos atos antidemocráticos que resultaram na tentativa frustrada de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito no Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) confirmou ser um dos alvos dessa investigação, revelando que os policiais chegaram a sua residência às 6h da manhã. Em uma postagem nas redes sociais, o parlamentar afirmou que a busca visava encontrar armas, celulares e tablets, alegando que os agentes tentaram encontrar elementos que o incriminassem. Jordy classificou a operação como uma “medida autoritária e sem fundamento”, alegando que se trata de uma tentativa de perseguição e intimidação às vésperas das eleições municipais.
O deputado destacou ainda, em declarações públicas, sua incredulidade diante do mandado de busca e apreensão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, alegando que isso é uma clara evidência de que o país estaria sob um regime ditatorial. Ele reforçou que em nenhum momento, durante os eventos de 8 de janeiro, incitou ou apoiou ações contrárias ao governo eleito, embora tenha afirmado que as pessoas têm o direito de se manifestar contra o governo.
De acordo com a Polícia Federal, os fatos em investigação, em tese, constituem crimes como abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.
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