Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou fragilidades na venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, em novembro de 2021. O principal ponto destacado foi a venda abaixo do preço de mercado, atribuída à escolha do momento do negócio durante a pandemia de COVID-19 e a baixa cotação internacional do petróleo.
A refinaria foi rebatizada como Refinaria de Mataripe e vendida por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,08 bilhões) ao fundo Mubadala Capital, ligado à família real dos Emirados Árabes Unidos. Embora o relatório não afirme perda econômica, questiona a decisão de venda, sugerindo que a Petrobras poderia esperar a recuperação do mercado internacional do petróleo.
A CGU apontou fragilidades na utilização de cenários para tomada de decisão, criticando a falta de medição realista de probabilidade em eventos futuros. A venda, ocorrida em um cenário de “tempestade perfeita”, levanta questionamentos sobre a aplicação de metodologias não convencionais.
A Petrobras, em resposta, defendeu a prática comum de utilizar cenários, mesmo reconhecendo limitações. A estatal concordou em avaliar melhorias sugeridas pela CGU, como a inclusão de medição de probabilidade em futuras análises.
A divulgação do relatório reacendeu suspeitas sobre presentes dados pelos Emirados Árabes a Bolsonaro, coincidindo com a venda da refinaria. Joias e esculturas estão sob investigação da Polícia Federal, enquanto o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, destacou a necessidade de investigar qualquer conexão entre a venda e os presentes.
O ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, informou que a auditoria está com a Polícia Federal, que já teve acesso ao relatório. Em meio às discussões, o ex-presidente Bolsonaro postou nas redes sociais destacando a aprovação da privatização pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
*Com informações da Agência Brasil.
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