O panorama econômico brasileiro encerrou 2023 com uma notícia positiva: a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 4,62%, representando uma desaceleração de 1,7 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11/01/2024), marca a primeira vez em dois anos que a inflação se mantém dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), situada entre 1,75% e 4,75%.
Em 2023, o grupo alimentação e bebidas registrou a menor alta desde 2017, com um aumento de apenas 1,03%. Destacam-se as reduções significativas nos preços do óleo de soja (-28%), frango em pedaços (-10,12%), e carnes (-9,37%). Por outro lado, o grupo transportes, que inclui combustível, passagem aérea, ônibus e táxi, contribuiu significativamente para a alta do IPCA, respondendo por 31,6% do aumento no ano, com uma elevação de 7,4% nos preços.
No mês de dezembro, o aumento mais expressivo veio do grupo alimentação e bebidas (1,11%), com destaque para a batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). As altas temperaturas e o aumento do volume de chuvas no final de 2023 influenciaram a produção de alimentos. O arroz e o feijão, em particular, foram impactados pelo clima desfavorável, redução da área plantada e aumento do custo de fertilizantes.
No contexto internacional, contrastando com a situação brasileira, a Argentina encerrou 2023 com uma inflação alarmante de 211%, ultrapassando a taxa da Venezuela.
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