Ministro do STF Alexandre de Moraes revela detalhes dos Atos Antidemocráticos de 8 de Janeiro; Não foi baderna, foi golpe’, diz

Ao tratar da relação entre Executivo e STF, Alexandre de Moraes destaca o ápice da tensão em 7 de setembro de 2021, quando houve incitação à violência contra ministros. Ele compartilha sua visão sobre o sistema eleitoral brasileiro, condenando as acusações infundadas de fraude. Sobre a disputa entre Judiciário e Legislativo, Moraes ressalta a importância da autonomia e colegialidade do STF.
Um ano após os atos de 8 de janeiro, o ministro do STF Alexandre de Moraes expõe os bastidores do episódio e analisa desafios para a democracia brasileira.

No auge das tensões entre o Poder Executivo liderado por Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes emerge como figura central. Ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo e ex-ministro da Justiça, Moraes personificou o antagonismo dirigido ao STF. O ápice desse confronto ocorreu em 7 de setembro de 2021, quando o presidente Jair Bolsonaro o mencionou nominalmente em um discurso na Avenida Paulista, desencadeando ameaças e intimidações à sua família.

Numa entrevista exclusiva, um ano após os eventos de 8 de janeiro de 2023, Moraes revela os bastidores daquele dia, descreve planos extremistas de prendê-lo e matá-lo, e reflete sobre medidas para prevenir futuros ataques à democracia.

O ministro destaca a omissão das forças de segurança no episódio, questiona a competência das mesmas e ressalta a necessidade de impor limites às grandes empresas de tecnologia que alimentam discursos extremistas.

Ele aborda ainda o papel das redes sociais na disseminação do ódio e fake news, defendendo a regulação dessas plataformas. Moraes aponta a responsabilidade das big techs e destaca a urgência de o STF julgar as limitações e responsabilidades das redes sociais em 2024.

Ministro da Justiça Interino classifica plano para matar o ministro Alexandre de Moraes como ‘gravíssimo e inaceitável’ e promete punir envolvidos

Em uma coletiva realizada nesta quinta-feira (04/01/2023) em Brasília, o ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, condenou veementemente o que classificou como “gravíssimo e inaceitável”: um suposto plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso veio à tona quando Moraes revelou, em entrevista ao jornal O Globo, que as investigações sobre os eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023 desvendaram a preparação de planos para prisão e assassinato, inclusive com a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O ministro do STF detalhou que havia três planos para prendê-lo e matá-lo, sendo um deles a macabra proposta de enforcamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em resposta à descoberta, Cappelli afirmou que as investigações devem seguir até “as últimas consequências” para responsabilizar todos os envolvidos nesse plano chocante.

Em uma conversa com jornalistas, Cappelli enfatizou a gravidade da situação, destacando que é inaceitável cogitar atentar contra a vida de um ministro da Suprema Corte. Ele assegurou que todas as medidas serão tomadas para apurar a informação e garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça.

Em meio à indignação, Cappelli manifestou seu compromisso em identificar e punir todos os envolvidos no suposto plano de prisão e assassinato de Moraes. “Iremos às últimas consequências para identificar e punir todos os responsáveis. [Eles] acertarão suas contas com a Justiça e com a história”, declarou o ministro interino da Justiça em uma rede social.

O contexto desse plano sinistro remonta aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, exigindo um golpe militar no Brasil. Alexandre de Moraes tornou-se um dos principais alvos dessas manifestações golpistas desencadeadas após o segundo turno da eleição presidencial de 2022.


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