O Ministério Público da Bahia revelou nesta sexta-feira (20/01/2024) os detalhes chocantes de um esquema de pirâmide financeira envolvendo cinco indivíduos que, segundo a denúncia, desviaram mais de R$ 8 milhões em um golpe cruel utilizando criptomoedas. Leandro Yoitsi Akabane, Leonardo Gusmão Araújo, Gabriel da Silva Rodrigues Benigno, Rafael da Silva Rodrigues Benigno e David Alves Cardoso foram denunciados pelos crimes de estelionato, pichardismo e lavagem de capitais.
A denúncia, oferecida em setembro de 2023 e recebida pela Justiça, descreve como o grupo criou a empresa DD Corporation-Dream Digger para atrair e enganar investidores por meio de meios fraudulentos na internet e em outros meios de comunicação. A investigação, ainda em curso, teve seu sigilo retirado recentemente, permitindo a identificação de novas vítimas. A Justiça também bloqueou os bens e quebrou o sigilo bancário dos investigados.
De acordo com a denúncia, além de captar membros para o esquema de pirâmide, o grupo recebia valores em suas contas bancárias sob a promessa de conversão em dólares para a compra de criptomoedas, oferecendo falsas promessas de alta rentabilidade. No entanto, as vítimas descobriam que os valores transferidos estavam indisponíveis para resgate, alegadamente devido a uma “falha temporária no sistema”. As investigações revelaram que o grupo usou os fundos para adquirir carros de luxo e realizar festas ostensivas, visando atrair mais investidores.
A Dreams Digger, mais tarde chamada de DD Corporation, atuava no ramo de criptomoedas, especialmente bitcoins, prometendo aos consumidores uma rentabilidade mensal de 10% a 12% através de um suposto robô chamado ‘Next’. A empresa, segundo as autoridades, operava um esquema de pirâmide, centrado em bônus excessivos e gratificações no sistema binário de marketing de rede, sem lastro técnico nos investimentos propostos.
O CEO da Dreams Digger ainda não foi localizado pela Justiça. O Ministério Público está encorajando eventuais vítimas do esquema a entrar em contato através do Disque 127 ou do site de atendimento ao cidadão, buscando justiça para aqueles prejudicados por essa fraude financeira sofisticada.
*Com informações do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA).
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