A Amazônia enfrenta uma seca excepcional que ameaça ecossistemas, comunidades e a segurança alimentar de milhões de pessoas. Cientistas do Brasil, Estados Unidos e União Europeia realizaram um estudo de ciência da atribuição, que contraria a explicação inicial do fenômeno climático El Niño, indicando que as mudanças climáticas desempenham um papel significativo na atual crise.
Os barcos que não conseguiram mais subir o rio Amazonas em dezembro passado geraram um alerta para a severidade da seca. Com o rio atingindo seu nível mais baixo em pelo menos 120 anos, as 30 milhões de pessoas que dependem de seus recursos estão em risco em países como Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador e Bolívia.
A ciência da atribuição revela que metade da falta de chuva se deve ao El Niño, enquanto a outra metade é resultado direto das mudanças climáticas. O aquecimento global é apontado como quase totalmente responsável pela evaporação e ressecamento. Aqueles mais afetados são os pequenos proprietários, comunidades indígenas e os mais pobres, que já sofrem os impactos socioeconômicos da seca.
Além das implicações para o abastecimento de água e alimentos, a geração de eletricidade na região também é prejudicada, com cortes de energia sendo registrados desde junho do ano passado. O estudo destaca a necessidade urgente de fortalecer os planos de combate à seca, implementando sistemas de alerta antecipado, planos de emergência e práticas sustentáveis de gestão da água.
Contudo, os cientistas fazem um alerta sombrio: a menos que haja uma rápida interrupção do consumo de combustíveis fósseis e do desmatamento, eventos climáticos extremos como esse se tornarão mais frequentes no futuro.
*Com informações da RFI.
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