Em uma tensa declaração nesta terça-feira (16/01/2024), o presidente russo, Vladimir Putin, lançou duras críticas à Ucrânia, acusando o país de rejeitar negociações e classificando as autoridades ucranianas como “idiotas”. As acusações surgiram durante uma reunião com autoridades locais, na qual Putin afirmou que a Ucrânia, por meio de ataques a instalações civis russas, busca demonstrar sua capacidade de resposta diante das ações de Moscou, especialmente aos seus patrocinadores. O líder russo argumentou que os ataques têm o objetivo de desviar a atenção da população e dos apoiadores do fracasso da contraofensiva ucraniana, que, segundo ele, está em um impasse. Putin advertiu que a continuidade desse cenário poderia resultar em sérias consequências para o Estado ucraniano, colocando em risco sua condição de país independente.
Putin enfatizou que a rejeição das negociações por parte da Ucrânia foi um fator determinante para a persistência do conflito. Segundo o presidente russo, as negociações poderiam ter encerrado a crise há muito tempo, mas as autoridades ucranianas se mostraram inflexíveis. Recordando passos dados pela Rússia no sentido de construir um acordo nos primeiros meses da operação militar especial, Putin mencionou o papel crucial do Reino Unido na persuasão contra tal acordo, atribuindo a Boris Johnson a responsabilidade pela continuidade do impasse.
A situação, conforme alertado por Putin, coloca a Ucrânia em uma posição delicada, com a iniciativa agora nas mãos das Forças Armadas russas. O presidente russo concluiu enfatizando a gravidade da situação, afirmando que o Estado ucraniano poderia sofrer um golpe irreparável se a atual dinâmica persistir.
Rússia Insta a Ucrânia a renunciar às armas nucleares para buscar solução pacífica no conflito
O cenário geopolítico entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo patamar com o apelo da Rússia à Ucrânia para abdicar de suas armas nucleares, visando uma resolução pacífica do conflito. Em declarações feitas nesta terça-feira (16/01), Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, enfatizou que um acordo de paz abrangente só seria possível se a Ucrânia retornasse ao seu status original de Estado neutro, não alinhado e desprovido de armas nucleares, garantindo pleno respeito aos direitos e liberdades de todos os cidadãos em seu território.
Zakharova lamentou a ausência dessas questões nas discussões recentes, incluindo a reunião no “formato de Copenhague” realizada em Davos em 14 de janeiro. O presidente russo, Vladimir Putin, anteriormente havia destacado a recusa de Kiev em negociar com Moscou, sugerindo que os ataques da Ucrânia a instalações civis russas visam mostrar a capacidade de resposta do país aos patrocinadores externos. O contexto histórico, marcado pela renúncia da Ucrânia ao seu arsenal nuclear em 1994, e os desenvolvimentos recentes, como a possível adesão à OTAN, reforçam a complexidade do cenário e as tensões crescentes na região.
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