Desde agosto de 2012, Marinha, Exército e Aeronáutica brasileiras unem esforços com empresas nacionais para desenvolver uma tecnologia inovadora: o Projeto Rádio Definido por Software de Defesa (RDS-Defesa). Entregando 16 protótipos ao Exército no final de 2023, o Brasil agora integra um seleto grupo de 15 países que dominam avançadas comunicações militares. Essa tecnologia oferece modernidade e segurança nas comunicações em campo, contribuindo para manter os militares conectados em tempo real, livre de interferências externas e garantindo a confidencialidade das operações.
A iniciativa, uma colaboração entre setor público e privado, não apenas fortalece a segurança nas comunicações das Forças Armadas como também impulsiona a base industrial de defesa. Além disso, cria oportunidades para pesquisas em rádios cognitivos, conhecidos como “rádios que aprendem”, introduzindo inteligência nos sistemas de telecomunicações para uma infraestrutura sem fio eficiente.
Segundo o especialista em assuntos militares Pedro Paulo Rezende, o RDS-Defesa é crucial para garantir a segurança nas comunicações militares, representando um avanço significativo e necessário para o Exército Brasileiro, que historicamente utiliza equipamentos estrangeiros. Além disso, destaca-se a complementaridade necessária do rádio definido por software com sistemas de transmissão de dados em tempo real, como o Link-BR2, que será utilizado nos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB).
O desenvolvimento de tecnologia nacional, como o RDS-Defesa, não apenas contribui para a soberania nacional e eficácia das Forças Armadas em tempos de conflito, mas também estimula o desenvolvimento econômico, gerando empregos qualificados e retendo talentos no país.
*Com informações da Sputnik News.
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