Tragédia marítima: Número recorde de mortes de Rohingya em 2023 desperta alerta internacional

A Agência da ONU para Refugiados revela que 569 rohingyas morreram ou desapareceram ao tentar fugir de Mianmar ou Bangladesh.
A Agência da ONU para Refugiados revela que 569 rohingyas morreram ou desapareceram ao tentar fugir de Mianmar ou Bangladesh.

Em meio à busca desesperada por segurança, o ano de 2023 se tornou testemunha da maior tragédia marítima enfrentada pela minoria birmanesa rohingya, conforme relatórios da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). Pelo menos 569 pessoas perderam a vida ou desapareceram nas águas do Mar de Andamão ou da Baía de Bengala ao tentar escapar das condições precárias em Mianmar ou de campos superlotados em Bangladesh. Um estudo lançado em Genebra destaca a urgência de ações de proteção, enfatizando que 66% das vítimas eram crianças e mulheres, reforçando a necessidade de medidas efetivas para evitar futuras tragédias.

O ano de 2014, quando 730 rohingyas perderam a vida na tentativa de fuga, permanecia como o triste recorde, até agora. O recente aumento nas mortes levanta preocupações sobre a incapacidade de agir para salvar vidas, um lembrete ameaçador que ressoa nas águas costeiras de vários Estados. Incidentes de naufrágios graves, incluindo um ocorrido em novembro passado que possivelmente ceifou 200 vidas, sublinham a vulnerabilidade das embarcações superlotadas. A Acnur alerta para a necessidade de resgates imediatos e desembarques seguros, fatores críticos para evitar perdas humanas.

O total cumulativo de 4,5 mil mortes ou desaparecimentos durante travessias do Mar de Andamão ou da Baía de Bengala destaca o risco enfrentado pelos rohingyas, além de revelar casos de abuso e exploração sofridos pelos sobreviventes. Diante dessa realidade, o Acnur enfatiza a importância de uma resposta regional abrangente, envolvendo países afetados, refugiados e outras partes interessadas. O foco está em desenvolver soluções para os rohingyas, aumentar sua autossuficiência e reduzir a compulsão de realizar jornadas perigosas.

Um apelo à comunidade internacional é lançado, instando a intensificação dos compromissos assumidos no Fórum Global de Refugiados de 2023. A ênfase recai na promoção de soluções sustentáveis para os rohingyas, visando aumentar a autossuficiência e esperança, ao mesmo tempo que reduz o ímpeto de realizar viagens perigosas por mar. O Acnur reitera a urgência de salvar vidas, classificando a resposta efetiva como um imperativo humanitário e um dever inalienável em conformidade com o direito marítimo internacional.

*Com informações da ONU News.


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