A terça-feira (30/01/2024) foi marcada pela negação do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em relação aos rumores sobre a suposta demissão do comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny. Essa especulação, que circulou na segunda-feira (29), enfrentou desmentidos tanto do gabinete presidencial quanto do próprio Zelensky. Contudo, legisladores e jornalistas ucranianos persistiram nas alegações de destituição, apontando para atritos contínuos entre o presidente e o comandante militar.
O especialista militar e coronel aposentado Anatoly Matviychuk analisa que a situação reflete uma falta de autoridade de Zelensky nos grupos de poder ucranianos, forçando-o a recuar da decisão inicial. Matviychuk sugere que a possível ação foi uma estratégia para recuperar a popularidade do presidente, já que ele enfrenta uma queda na aprovação.
Os relatos sobre a destituição de Zaluzhny surgiram em meio a crescentes tensões entre o presidente e o general de alto escalão, agravadas por uma contraofensiva malsucedida da Ucrânia em novembro do ano passado. O analista destaca que Zelensky tentou atribuir a culpa pelo fracasso a Zaluzhny, gerando hostilidade entre os dois. Em um contexto mais amplo, a hostilidade persiste há quase um ano, com Zaluzhny desafiando a competência do presidente em questões militares.
Matviychuk argumenta que Zelensky percebe a importância sociopolítica de Zaluzhny, que controla uma força militar significativa e representa uma ameaça ao poder do presidente. A situação tornou-se mais complexa após o abate do avião militar russo Il-76 pelas Forças Armadas ucranianas, gerando pressão adicional sobre Zaluzhny. O coronel aposentado sugere que Zelensky pode ter sido instigado a pressionar o comandante diante desse cenário.
Questionado sobre as possíveis repercussões da demissão de Zaluzhny, Matviychuk sugere que o comandante resistiria a renunciar, possivelmente resultando em uma mudança mais suave na liderança política, sem necessidade de um golpe militar. O analista levanta a possibilidade de influência dos serviços de inteligência britânicos na controvérsia, testando uma reformulação do cenário político ucraniano.
Em um resumo sobre a crise, destaca-se a nomeação de Zaluzhny como comandante das Forças Armadas em julho de 2021, seguida pelo declínio de sua imagem após a contraofensiva malsucedida de 2023. Relatos de tensões entre Zelensky e Zaluzhny surgiram, intensificando-se após o presidente considerar o comandante um possível rival eleitoral. Em novembro, um assessor de Zaluzhny foi morto sob circunstâncias suspeitas, e, em dezembro, dispositivos de escuta inativos foram supostamente encontrados no escritório do comandante.
*Com informações da Sputnik News.
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