Nos recônditos do Facebook, o “jornal” da desinformação, uma trama complexa se desdobrou, afetando nações inteiras. No cenário birmanês, a plataforma, muitas vezes encarada como um meio informativo, tornou-se palco para a propagação de mentiras que precederam o brutal massacre de 25.000 muçulmanos em 2017. Enquanto 50 editores na sede do Facebook em Menlo Park tentavam avaliar a confiabilidade das informações, apenas sete eram dedicados à verificação de notícias nos Estados Unidos. Esta negligência resultou em consequências devastadoras, revelando-se como um padrão em outros países, incluindo a Filipinas de Duterte.
A desinformação, um combustível para ditadores, encontrou terreno fértil no Facebook, seja na Birmânia ou nas Filipinas. O Facebook, cúmplice de ações prejudiciais, participou de vazamentos maciços de dados pessoais, alimentando empresas como a Cambridge Analytica. Milhões de usuários agora leem a plataforma como fonte confiável, absorvendo teorias conspiratórias que, por vezes, influenciam até mesmo eventos políticos de magnitude, como a invasão do Capitólio em janeiro de 2021.
Mark Zuckerberg, impulsionado por lucros extraordinários, prospera no negócio da desinformação, onde eleições representam oportunidades para a Meta. Verdade e mentira tornaram-se conceitos subjetivos, com teorias conspiratórias circulando como narrativas reais. A escalada de Donald Trump, rotulado por alguns como um “ditador da propaganda”, é emblemática desse ambiente tóxico.
A conspiração QAnon, alimentada por teorias da conspiração, lança uma sombra sobre o Partido Republicano, sugerindo um futuro onde essa entidade pré-histórica pode governar os Estados Unidos. A saúde política do país, sintetizada na invasão do Capitólio, evidencia os perigos de um ecossistema midiático permeado por desinformação.
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