‘Ídolo de barro’: Uma análise do legado de Ronald Reagan nos EUA

Ronald Wilson Reagan, nascido em 6 de fevereiro de 1911, foi o 40º presidente dos Estados Unidos, conhecido por sua gestão controversa e influência na política internacional durante os anos 1980. Sua visão de uma América excepcional, refletida na célebre frase “uma cidade brilhante sobre a colina”, resumia o ufanismo presente em sua administração. No entanto, por trás dessa retórica idealista, escondiam-se políticas beligerantes que moldaram o cenário da Guerra Fria.

Reagan é frequentemente lembrado por sua postura firme contra a União Soviética, a quem ele rotulou como o “Império do Mal”. Essa retórica inflamada não apenas exacerbou as tensões entre as superpotências, mas também justificou intervenções militares diretas e o apoio a regimes autoritários ao redor do mundo. Sob sua liderança, os Estados Unidos viram uma escalada na corrida armamentista nuclear e o crescimento do complexo militar-industrial, alimentado por uma economia voltada para o setor de defesa.

O apoio de Reagan a grupos insurgentes no Afeganistão, como parte de sua estratégia para enfraquecer a influência soviética na região, teve consequências desastrosas a longo prazo, contribuindo para o surgimento do extremismo islâmico. Além disso, sua política de desregulamentação econômica, embora tenha sido elogiada por alguns como parte do renascimento econômico americano, também pavimentou o caminho para a crise financeira de 2008.

A imagem de Reagan como um ícone conservador e defensor do liberalismo econômico deve ser vista com uma lente crítica, considerando os impactos negativos de suas políticas tanto no cenário internacional quanto doméstico. Suas decisões, guiadas por uma visão simplista da política externa, deixaram um legado marcado por conflitos e tensões, que continuam a moldar o mundo contemporâneo.

*Com informações da Sputnik News.