Saiba quem é Marco Cepik, novo número 2 da Abin, que propôs desmilitarização do órgão

Nomeado novo número dois da Agência Brasileira de Inteligência, Marco Cepik é especialista em segurança internacional e propôs desmilitarização da Abin.
Nomeado novo número dois da Agência Brasileira de Inteligência, Marco Cepik é especialista em segurança internacional e propôs desmilitarização da Abin.

Marco Cepik, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e autor reconhecido em estudos sobre serviços de inteligência no Brasil, foi nomeado diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Seu envolvimento com temas como a tutela militar, politização indevida na aplicação da lei de segurança e a insuficiente supervisão externa das atividades de inteligência, especialmente em relação às preocupações durante a gestão de Jair Bolsonaro, marcam sua trajetória recente.

Em um artigo intitulado “Serviços de Inteligência e Segurança no Brasil: Reavaliando Falhas Institucionais e Dinâmicas Políticas,” publicado no The International Journal of Intelligence, Security, and Public Affairs, Cepik destaca a presença significativa de militares em cargos no governo federal e as possíveis implicações em termos de obediência hierárquica. Ele levanta a preocupação sobre o potencial uso indevido de componentes de inteligência ligados à hierarquia e lealdade nas Forças Armadas.

Cepik também chama a atenção para situações envolvendo relações secretas e sem controle externo de agências do Estado com entidades paraestatais, governos estrangeiros e empresas. Seus trabalhos abordam ainda o impasse entre a Abin e o governo Bolsonaro, incluindo o caso dos relatórios secretos da Abin sobre a gravidade da crise desencadeada pela COVID-19.

Segundo informações da Abin, Cepik ocupava o cargo de diretor da Escola de Inteligência (Esint) desde abril de 2023, sendo um dos principais especialistas brasileiros em segurança internacional e política comparada. Além disso, fez parte do grupo de transição do governo e propôs mudanças na Abin, incluindo a desmilitarização do órgão.

A troca na direção ocorre após a exoneração de Alessandro Moretti, antigo diretor adjunto, em meio a uma operação da Polícia Federal que investiga tentativas de obstrução da investigação de espionagem ilegal pela Abin.

*Com informações da Sputnik News.


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