Bahia realiza primeiro transplante cardíaco de 2024, marcando um avanço na saúde estadual

Após cinco meses sem registros, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) da Bahia celebrou o retorno dos transplantes cardíacos com uma cirurgia histórica. No dia 1º de janeiro de 2024, um paciente de 60 anos, há mais de um mês na lista de espera por um coração, recebeu um órgão vital em uma operação realizada no Hospital Ana Nery, unidade da Sesab. O coração doado, proveniente de um paciente de 54 anos de Irecê, vítima de traumatismo crânio encefálico (TCE), foi transportado com eficiência graças à colaboração da Casa Militar, que disponibilizou uma aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) para o transporte.

Além de beneficiar o paciente receptivo ao transplante cardíaco, a generosidade da doação de múltiplos órgãos impactou positivamente outros indivíduos na lista de espera por transplantes de rim, córnea e fígado. A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, expressou sua satisfação com esse marco significativo, ressaltando o compromisso contínuo em fornecer assistência médica de alta qualidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A retomada dos transplantes cardíacos, de acordo com o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o médico Eraldo Moura, representa um avanço crucial para pacientes com condições cardíacas graves, oferecendo-lhes uma oportunidade vital para prolongar suas vidas.

No último ano, a Bahia testemunhou um total de 308 transplantes de rim, 582 de córneas e 45 de fígado. No entanto, apesar dessas realizações, a demanda por órgãos permanece alta, com 1843 pacientes na lista de espera por um rim, 1331 por córnea, 30 por fígado e 3 por transplante cardíaco. O médico Eraldo Moura delineou metas ambiciosas para o ano em curso, incluindo o aumento das notificações de morte encefálica em 50% e a redução da negativa familiar para doação de órgãos em pelo menos 10%. Ele enfatizou que a negativa familiar continua sendo um obstáculo significativo para a efetivação das doações e instou a comunidade a considerar a importância da doação de órgãos como um ato de generosidade que salva vidas.