Um relatório divulgado nesta segunda-feira (11/03/2024) pela Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria revelou que o país está enfrentando uma onda de violência sem precedentes desde 2020. Os conflitos em várias frentes resultaram em ataques a civis e infraestruturas, que podem ser considerados crimes de guerra, agravando ainda mais a crise humanitária na nação.
De acordo com o presidente da Comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, a Síria tem enfrentado a maior escalada de combates em quatro anos, tornando imperativa uma ação internacional determinada para conter os conflitos no país. Pinheiro enfatizou a necessidade urgente de um cessar-fogo na região, destacando que a população síria não suporta mais o sofrimento causado por uma guerra prolongada e devastadora.
O relatório também evidenciou que mais de 90% da população síria vive na pobreza, com a economia em crise e um aumento da ilegalidade que alimenta práticas predatórias por parte das forças armadas e milícias. Além disso, a escalada dos combates desde outubro resultou em centenas de mortes e feridos, com ataques a hospitais, escolas e áreas residenciais, levando à fuga de aproximadamente 120 mil pessoas.
A situação na Síria é ainda mais complicada devido à fragmentação das alianças militares e às tensões crescentes entre diferentes países envolvidos no conflito, como Israel, Irã e EUA. O relatório destaca preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo, à medida que as tensões se intensificam na região.
O documento ressalta a necessidade de responsabilização pelos crimes de guerra e violações dos direitos humanos cometidos na Síria, além de instar os Estados a permitirem o retorno imediato das crianças detidas em campos de internamento, garantindo sua reintegração à sociedade. A Comissão apresentará seu último relatório de mandato ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em 18 de março.
*Com informações da DW.
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