Direita vence por estreita margem em Portugal, e Chega avança

Partido Conservador AD elege 79 cadeiras no Parlamento, com Chega como terceira força política, elegendo 48 parlamentares.
Partido Conservador AD elege 79 cadeiras no Parlamento, com Chega como terceira força política, elegendo 48 parlamentares.

Portugal testemunhou um cenário político acirrado, marcado pela vitória apertada dos conservadores da Aliança Democrática (AD) liderados por Luís Montenegro, nas eleições legislativas ocorridas neste domingo. Com 99,1% dos votos apurados, a AD conquistou 79 das 230 cadeiras no Parlamento, seguida de perto pelo Partido Socialista (PS), com 77 assentos. Porém, o grande destaque do pleito foi o avanço surpreendente do partido de ultradireita Chega, que se tornou a terceira maior força política do país, elegendo 48 parlamentares – quatro vezes mais do que sua representação anterior.

Montenegro, líder da AD, revelou que espera ser encarregado pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de formar o próximo governo antes de 15 de março. No entanto, ele reiterou sua rejeição a qualquer acordo com o Chega, enfatizando sua busca por uma maioria parlamentar independente.

A ascensão do Chega representa um novo capítulo na política portuguesa, com três forças políticas significativas agora em jogo, encerrando um ciclo de oito anos da esquerda no poder. No entanto, formar um governo será um desafio, pois o líder do PS, Pedro Nuno Santos, descartou apoiar um governo liderado pela AD. Montenegro, por sua vez, apelou para a responsabilidade de todas as partes representadas no Parlamento, ressaltando a necessidade de garantir a governabilidade e o cumprimento das expectativas do povo português.

A ascensão do Chega não apenas aponta para uma mudança no cenário político português, mas também reflete uma tendência mais ampla de ascensão do populismo na Europa. Liderado por André Ventura, o partido tem pautado sua plataforma política em temas tradicionais da ultradireita, como discurso anticorrupção, temas da “guerra cultural” e críticas à imigração, conquistando apoio significativo, apesar das controvérsias e críticas frequentes.

*Com informações da DW.


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